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Aproveirando o tempo, aproveitando a vida
González Pecotche - autor da Logosofia
Sinval Martinho Lacerda

Resumo:
Por sua importância, é preciso saber que o tempo pressiona quando nao é aproveitado, e que esse desaproveitamento ocorre quando não se pensa.

Aproveitando o tempo, aproveitando a vida
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
A verdade é que nem sempre o homem se dá conta da submissão incondicional da vida à tirania do tempo, que se apodera de sua vontade, pelo fato de ele ignorar como usá-lo com ampla e vantajosa margem de rendimento. Um dos ensinamentos de Logosofia mais proveitosos para quem realiza seu cultivo é, precisamente, o que se refere ao tempo, já que por seu intermédio se aprende a administrá-lo com surpreendentes resultados.
Em princípio, a Logosofia só pede, a quem se dedica a seu estudo, o tempo que ele perde durante o dia, isto é, aquele que gasta em vão. Está com isso lhe indicando que jamais vai requerer o que cada um emprega no atendimento a suas tarefas habituais.
A expansão do tempo próprio é um dos tantos benefícios que são obtidos com o aprendizado logosófico. Aquele que, mercê de nossos conhecimentos, se liberta dos ponteiros do relógio e a eles se adianta, torna-se dono do tempo, amplia-o à vontade e experimenta algo assim como se a vida se estendesse de pronto em direção a horizontes mais dilatados. Naturalmente, a dimensão e o valor deste ensinamento são devidamente apreciados ao se compreenderem os alcances e o significado de nossos conhecimentos.
O tempo é malgasto e perdido quando não se pensa

Por sua importância, é preciso saber que o tempo pressiona quando é desaproveitado, e que esse desaproveitamento ocorre quando não se pensa. Conclui-se daí que o aproveitamento do tempo caminha paralelamente à função de pensar. Pensar em quê? Em tudo quanto direta ou indiretamente conspire contra o auspicioso propósito de aperfeiçoamento integral. São, pois, os inconvenientes e problemas cotidianos – tanto os do âmbito familiar como os do trabalho ou da profissão, ou os do próprio mundo interno – os insaciáveis devoradores de tempo. E seguirão sendo tais, enquanto a vida continuar aprisionada nos estreitos limites impostos por eles. Nesse caso, a função de pensar se concretiza na oportunidade de resgatar dali a vida individual, criando soluções capazes de abrir com êxito as portas de sua libertação psíquica. Assim é como o tempo e as energias passam agora para as mãos de seu dono, para o uso que seu bom critério e seus afãs de saber determinem.
Em síntese, o tempo é malgasto e perdido quando não se pensa. É ganho e até recuperado quando se aprende a pensar e se exercita essa função toda vez que a adversidade, seja qual for a feição que ostente, se contraponha ao avanço consciente do ser.
Trechos extraídos do livro Curso de Iniciação Logosófica § 70 a 75


Biografia:
Professor aposentado, curso técnico do SENAI, de Filosofia, de Cultura Geral, incluindo literatura brasileira e portuguesa.
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