“A felicidade que aos poucos se aproxima
Tal qual o inverno com seu cheiro manso
Odor doce em suas lembranças
Calor dentro do corpo
Tudo completa o lugar em belo fascínio
Que tudo seja implacavelmente real
E o doce odor permaneça...
A solidão aos poucos se rende
Prendo-me em sonhos poéticos possíveis
Mal conheço-te, mas lhe entrego meus desejos
No âmbito da busca de em prantos ir mais alem
Mais além...
Muito mais...
Além das pequenas expectativas do sono calmo,
Do tranqüilizante estar em estado de felicidade estonteante
Anseio pela liberdade em cumplicidade
Uma vontade dada aos ventos que lhe farão os cabelos dançarem
Algumas mechas douradas em ritmo saudoso
E quando o inverno chegar
Implorarei aos anjos ter-te em meus abraços
Se existe verdade, que esta seja!
Se existe sinceridade, a minha se torna!
Cada momento contigo em mente
Nasce uma nova margarida
Dá-se vida a um novo poema...
Ah, se estas palavras se soltassem...
Afagariam-lhe o rosto,
Coberto, entre-ocultado por fios de ouro
Todo este meu desejo há de ser redescoberto
Esta saudade há de ser cantada nas frias e acolhedoras madrugadas
Quisera sentir teu doce calor
Suas mãos descansarem minhas costas
Seu rosto posando sobre meu peito,
Escutarias as batidas descompassadas por você
Afinas em seu ritmo, à sua primaria vontade...
E canto este súbito querer-te
Esta sensação de choro incontido
Um choro feliz,
Pois o inverno aí esta;
E os anjos hão de atender o meu implorar
Se não atenderem, neles não posso mais confiar.” (Ouro Preto, 30 de abril de 2007 ás 04:55 horas)
|