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O AMOR É SEMPRE ÚNICO
DIRCEU DETROZ

Uma das coisas boas da vida é poder viajar ao passado. E na volta ao presente, podemos chegar a conclusões que nos deixam com a pulga atrás da orelha. Às vezes, essas conclusões podem ser maravilhosas. Outras vezes, perturbadoras. Uma dessas coisas maravilhosas, é que não importa a época, o amor permanece único.

Nessas formas de amor, estão os familiares. Os amigos. E por fim, aquela que é a melhor de todas. Aquela que faz nosso coração dar pulinhos de tum tum tum por alguém. É exatamente desse amor que eu quero falar. Se você assistir um filme de amor juntinho com alguém, e o teu coração não bater tum tum tum, então...

Nem sei quantas vezes já o assisti. E na sexta-feira passada assisti de novo. Se eu contasse aqui a maneira como assisti, poucos entenderiam. Não importa. Quem viu comigo vai saber do que eu estou falando. O que nos remete a não confundir as formas do amor com o amor. Formas de amar existem muitas. Desde que o amor seja único.

O filme é um desses chamados cult. Na televisão quando passa deve ser de madrugada. Nas locadoras nem sei se existe. Foi uma paixão a primeira vista. Nunca mais esqueci. Recentemente num golpe de sorte achei na internet. E não resisti à vontade de fazer o download. Jamais perderia essa oportunidade.

No original o título do filme é “Summer of 42”. Para o português, transformou-se em “Houve uma vez um verão”. E quantas coisas mudaram em nossas crianças desde 1971. Certamente diante de “jogos vorazes”, hoje ele seria considerado um filme babaca. E ficaria a mercê do pó na prateleira.

No filme os três meninos aprendiam coisas de sexo nos livros de medicina. Foi um espanto quando descobriram que o livro só ia até a fase 13, e de repente, a menina já estava na fase 18. Hoje, nossas crianças aprendem sexo nos sites de pornografia. E já começam no mínimo na fase 30.

Felizmente o melhor do filme, não está nos livros de medicina. Nem nas fases do sexo. O melhor de “Summer of 42” está no amor. Um amor que para muitos seria um escândalo. Deveríamos nos escandalizar, muitas vezes, com o sexo. Nunca com o amor. O filme quer deixar essa mensagem bem clara.

Nas últimas cenas do filme. Naquelas do amor único, não existe nenhum áudio. Apenas o som das ondas batendo na praia. Uma prova definitiva que o amor nem sempre precisa de palavras. Às vezes, devemos deixar que o nosso coração fale. É no coração que vamos descobrir que o amor é sempre único. Se o teu coração não estiver falando, então...


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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