O tsunami no Japão em 2011, e o furacão Sandy, que varreu partes da costa leste americana, derrubaram algumas convicções. Ninguém está livre, e nem preparado para eventos dessa magnitude.
Assisti a um documentário no último domingo. Nele alguém disse que o furacão Sandy, foi à primeira catástrofe das redes sociais. E no rescaldo dos acontecimentos, a tecnologia não deve ter ido, além disso. Claro que houve milhares de vídeos postados na internet em tempo real. Porém, nada impediu a destruição.
Às vezes, criticamos os brasileiros moradores em áreas de risco. Achamos estranha a vontade de permanecer no local apesar dos avisos. Nos Estados Unidos não foi diferente. Com a tecnologia nas mãos, os americanos se sentiram poderosos e imunes. Além de não acreditarem nos seus serviços de alertas.
Na verdade, a tecnologia causa uma espécie de cegueira nos homens. Quando Sandy deixou hospitais, bombeiros e cidades inteiras na escuridão, a energia elétrica foi lembrada. Lembrou-se também, que no mundo todo, ela ainda chega até nós por torres, postes, cabos e fios.
Sobre esse detalhe, alguns cientistas emitem outros alertas. Dependendo do tamanho, e da direção das explosões eletromagnéticas do sol, poderemos ficar no escuro, e sem comunicação, por muitos dias. Talvez, por meses. E ninguém tem prestado muita atenção.
Sempre falo que neste planeta somos intrusos. Decidimos escrever a nossa História num lugar desconhecido e perigoso. Para saber o quanto é perigoso, basta dizer que já descobrimos outros planetas fora do sistema solar. E não conseguimos prever o que vai acontecer aqui na próxima meia hora.
Conhecemos algumas leis e lógicas do Universo. Ainda estamos engatinhando quando se trata das leis, lógicas e mecanismos do planeta Terra. Justamente a nossa casa. A única. Diante das forças da natureza ainda somos uma raça impotente.
Dizem às teorias que estamos mexendo com o planeta. E o planeta está respondendo. Sandy deixou uma coisa bem clara. Nossas tecnologias atuais não nos salvarão. Japoneses e americanos provaram isso. O que ainda nos deixa na Pré-História do “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
E no meio desse caos todo, também aconteceram coisas imprevisíveis e boas. Uma criança nasceu no chão de um banheiro, iluminado apenas pelas chamas de duas velas. Nasceu praticamente sozinha. Seria uma mensagem de que ainda podemos virar o jogo?
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