Sou do tempo em que pais e avós contavam estórias para as crianças dormirem, junto às cabeceiras de suas camas.
Era uma noite fria de inverno, e nem sequer quatro anos de idade eu contava, e minha avó segurando minha mão e a acariciando, contava ternamente histórias sobre a vida de Jesus.
Disse-me que ele era carpinteiro e um bom filho para José e Maria.
Perguntei: “Vó! O que é carpinteiro?”
Respondeu: “É quem trabalha com madeira, e faz coisas úteis para as nossas casas, como os móveis.”
Lembro como se fosse hoje, que no dia seguinte, ao acordar, ainda manhãzinha, sequer tirei meu pijaminha, e fui correndo para o quintal, ajuntar gravetos que haviam caído do velho pé de tamarindo, porque também queria trabalhar com madeira, e ser um bom filho como Jesus.
O tempo passou, andei, por descaminhos, na minha adolescência, mas um dia visitei a carpintaria do céu, onde aprendi a arte da salvação da minha vida.
Aquela estória havia deixado uma marca indelével na minha alma, e me ajudou, com a lembrança de tantas outras, que importa sermos como é Jesus: trabalhadores, amantes do bem, dispostos a fazer coisas boas para os outros.
Vale a pena investir em contar histórias dos personagens da Bíblia às nossas crianças, mesmo nestes dias tecnológicos.

Provérbios 22.6: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.”

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