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Musa adeusada,
Que vens em estranha beleza,
Olhos cor de ninguém,
E lábios que torturam pensares,
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Sob a lâmina da sua ignorância,
Dilacerava-me na sua dureza,
Com o seu retrato em grafites,
Que não se olvidavam,
Nem com amnésia,
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No seu itinerário um perfume,
Em minha mente uma vertigem,
Ocasionada pelo seu corpo,
Mais real que a miragem,
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Vinha você,
Com sobresobriedade nos olhos,
Espargindo sobre o ar o desejo perfumado,
O ósculo soprado,
E deixando-me entre amores e delírios,
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No meu solto,
Um grito,
Que em melodias se desfez,
E por si o amor veio á nudez,
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