Recebi a carta Joanne. Apenas não entendo o conteúdo. Peço perdão pela demora, mas não estava em casa, visitava os Salabert. Tanto que cheguei a pouco e vim lhe responder. Me forço a aceitar seus sentimentos, mas nada vejo além de uma simples paixão o que sentes por esse homem.
Sinto que tenha que ser eu a lhe dizer isso, mas negue a si mesma imediatamente esse afeto irracional! Joanne, ele lhe esconde um mal, e não poderei lhe dizer mesmo sendo eu a plantar essa decepção. Ele tem passado, e não me julgue antes que lhe diga que soube a pouco, ainda no outono.
Sou mais velha que você, e mais, conheço o que existe em seu ser. Sei que será difícil, talvez até impossível, mas não o veja mais. Obrigue-se a esquecer esse homem, que a partir de agora não pronunciarei o nome. Quero lhe proteger de uma certa desilusão. Ele existe apenas em sua mente.
Farei o possível para chegar logo após a esta carta. Quero lhe ver e abraçá-la. A tempos não nos vemos e sinto sua falta. Pois é amor o que sinto, e não finjo ser o que não sou para tê-la ao meu lado.
Tente não ficar apática ao mundo e se trancar para si. Não negue aos que a cercam o seu sorriso e espirito. Beba uma dose do licor de Amaretto, e coma os biscoitos de amêndoas que lhe envio. Vá para o lago, e se delicie sozinha, seja egoísta ao menos uma vez irmã! Prometo chegar com a devida permição de lhe confessar tudo que tanto anceia.
Com descomedido amor, Jasmine.
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