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ALÉM DA COLINA
EACOELHO

Sempre que deslumbro uma noite límpida,
De firmamento pintado de estrelas cintilantes,
E a lua formosa prateando o mundo e as fantasias,
Ponho-me a sonhar os mesmos sonhos de menino.

Vejo-me sentado num barranco,
Da rua de barro que ia cortando o vale,
Defronte da modesta casa rodeada de goiabeiras,
Em meio às pastagens rústicas onde dormiam as vacas,
E eu fascinado pelo céu em côncavo e a lua soberana.

Sentado assim no barranco da rua,
Olhava a casa, onde vazava a luz das candeias,
Entre as frestas das tábuas que a cercava,
E os vãos da palha que a cobria.

E me deixava envolver pela noite serena,
Corria os olhos pelo mundo que a lua banhava,
Até que parava o olhar e fixava a imaginação,
Na alta e imponente colina que se fazia a oeste,
Donde sempre vinham as trovoadas e as ventanias.

Que mistérios existiam por detrás daquela colina,
Para onde a lua sempre corria a se esconder,
Deixando o mundo às escuras, a mercê das estrelas?

Que monstros habitariam do outro lado da colina,
Que sopravam vendavais que vergavam o bambuzal,
Que revolviam as nuvens e as faziam bradar ira,
Que invadiam meu coração em desespero de medo,
Nas quentes tardes e negras noites de verão?

E assim o menino cresceu e virei poeta,
Envolto pela poesia das noites de lua e estrelas,
Da visão do vale que o sol aquecia e a noite cobria,
E da colina gigante que engolia o sol todo final de tarde,
Que chamava e atraia a lua sempre em horas incertas,
Atrás de onde habitavam monstros que sopravam as trovoadas,
Para roubar o calor do verão e judiar do bambuzal.



Biografia:
Sou Catarinense, nascido em Penha-Sc, criado em Camboriu-Sc, ao lado de Balneário Camboriu, no meio do mato e me fiz menino assim com todo jeito e trejeito de "matuto do mato". E lá, em meio à natureza, formei-me gente e carrego e carregarei aquelas mesmas raízes pela minha vida toda. Desde que alfabetizado - e prematuramente - sempre tive extrema facilidade de escrever, contudo, nunca me dediquei a tal. Salvo um ou outro poema, ou crônica ou mesmo prosa, escritas e perdidas pelo caminho, já que nunca havia idealizado a possibilidade de juntar tais escritos em algum espaço assim. Mas, juntando a formação, alguma herença genética e a sensibilidade que trago na garupa do menino criado na roça, em meio aos ribeirões, estou agora sentindo o gosto por escrever um pouco mais e principalmente de guardar meus poemas e crônicas neste tipo de espço e outras comunidades afins. E neste, espero ganhar asas e assim poder realizar um objetivo adiado a tantas e tantas décadas. Gosto de escrever sobre os amores da vida, vivos, vividos e esperados. Eventualmene sobre questões sociais, existenciais e alguma sátira política, vezes em quando. Aliás, gosto mesmo é de escrever. O tema, é de importância menor. Moro atualmente em Joinville-Sc, cidade de cultura Germânica, tida como "cidade dos príncipes", em função de ter herdado o nome de um príncipe Frances com quem se casou a Princesa D. Francisca. Quatro filhos, dois netos e muita lembrança para ir contando e transformando em versos ou prosas. Grato pela visita, pela leitura e tomara que gostem do que leram ou venham a ler. Espero sinceramente que meus textos sejam-lhes uma leitura agradável, quem sabe divertida ou que lhes façam refletir sobre alguns conceitos aqui expostos. E estarei sempre muito disponível para debatar qualquer tema ou conceito aqui abordado. Disponível para aceitar quaisquer outras considerações a respeito do conteúdo aqui exposto.
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