| A alegria dos porcos capitalistas |
| Reflexões solitárias do final de um dia que nada acrescentou em minha vida |
| Lin Marx |
Resumo:
Esse poema foi escrito em 2009, na época da gripe suína.
O sol brilhava, os pássaros a cantar, e eu enclausurada em minha casa, sem aula à noite e nada pra fazer...
Naquele tempo, o decreto só fechava instituições de ensino, ou seja, shoppings e mercados estavam abertos.
A raiva transpassou nitidamente. |
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Hoje:
céu de praia.
azul.
nuvens finas.
dia lindo.
isso se desse pra aproveitar.
não passei do portão de casa.
Dor no peito:
angústia.
mais sete dias de espera.
tédio.
ansiedade.
solidão.
saudade...
Os shoppigs:
abertos.
e os colégios fechados.
qual enche mais?
ou qual rende mais...
Esvaziam-se as salas,
enchem-se os cofres,
porquinhos nervosos,
$audávei$ e gordos.
E nós:
enfermos,
dormindo.
sós,
assistindo.
inquietos,
consumindo.
E o vírus:
quietinho.
esperando esfriar.
E nós?
também.
deixando o tempo passar...
O dia vai acabar
Nada disso muda nada
Mais sete dias de espera
Uma semana sem sentido
Atirando ao vento pedras.
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Este texto é administrado por:
Aline Islane Marques
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