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Menina
Antonio Ayrton Pereira da Silva

Menina
I

Uma vez conheci uma menina
Nas palavras de uma saudade
Que oscilava como uma chama
Recebendo o sopro do vento.

Essa vela e chama
Não por ser tímida
Prefere a penumbra
Do que a luz do dia.

Essa pequena vela menina
Sopra calor, luz meiga
Faz da cera derretida
Lágrimas em cachoeira.

Mal sabe essa menina
Chama que queima linda
Traz calor a um frio
Que vela de perto a cera

Essa menina mulher
Transforma coração em brasas
E entrega ao ambiente
Leves nuvens de fumaças,

Um dia soube mostrar a espera
Mostrou todo o amor que era
Se entregou com toda alma
Ao amor que era só dela.

Em meio a penumbra, mesa posta
É romântica luz de vela
Fez do azeite e pizza fria
Do simples lanche refeição linda.

Como dizer de seus segredos
Uma chama também tem medo
Mostra uma porta fechada
Pensando aberta por ventania.

Não estava sozinha, abraçou quem velava
Do lago duro de cera que construíra
Fez o oceano de soluços e lágrimas
E do amor fez-se a chama infinita.

II

Janela aberta, rua deserta
Duas pessoas na passarela
Postes e luzes, densa névoa
No escuro céu, estrela bela.

Da janela se fez a trela
A chama velada foi coberta
Foi tocada em abraços
Foi de menina, mulher amada.

Chama repousa, dorme, silencia
Vela une aos braços de quem vela
É a menina beijo no aconchego
Só a madrugada que a desperta.

Águas caiam,..medo presente
Da luz fria do dia nascente
Teve que vir espessas nuvens
Quem vela chama, nua reluzente.

Pedras ceras, foi uma cachoeira
Verteram lágrimas, derreteram
E o medo some no manso íntimo
Que a seca, chama chora na beira;.

Chama que oscila despenteada
Calçada ao lado de quem vela
Oscila triste em uma partida
Mas sabe agora: é infinita amada..

Ainda não posso terminar...


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Poesias Lágrima Antonio Ayrton Pereira da Silva

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