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Bom senso nas redes sociais
Bom senso nas redes sociais
Wellington Balbo

Resumo:
A internet com suas redes sociais modificou a interação estabelecida entre as pessoas. Em minha época de garoto era tudo tão diferente. Eu nem sonhava com facebook, ortkut e etc.

Bom senso nas redes sociais


A internet com suas redes sociais modificou a interação estabelecida entre as pessoas. Em minha época de garoto era tudo tão diferente. Eu nem sonhava com facebook, ortkut e etc.
O segredo das meninas e dos meninos estavam todos muito bem trancafiados nos famosos diários. O acesso a essas verdadeiras fofocas adolescentes ficavam apenas aos cuidados de uns poucos amigos. Sabíamos do segredo de alguém apenas quando algum indiscreto dava com a língua nos dentes.
Hoje, entretanto, com as redes sociais os diários foram praticamente abandonados, assim como os velhos segredos. Está tudo escancarado e facilmente mergulha-se na vida do outro sabendo seus pensamentos, objetivos, se é casado, solteiro, se busca relacionamento ou quer apenas amizade, se odeia segunda feira ou se tem saudade do passado. Se gosta de trabalho ou apenas de balada, se curte gato ou o negócio é charuto, enfim, atualmente é muito simples saber as idéias de alguém. Basta olhar em seu perfil em uma dessas inúmeras redes sociais espalhadas pela internet para ter uma noção sobre o os gostos de pessoas que conhecemos apenas de Oi, até logo, olá...
E por falta de bom senso algumas pessoas se expõem de maneira desnecessária para o mundo todo. Revelam endereço, nome do cachorro, local de trabalho, cor predileta e restaurante que freqüentam com amigos.
No MSN, por exemplo, é comum verificarmos mensagens do tipo – TOMANDO BANHO – NA CASA DA PRIMA – e coisas do gênero. Sinceramente, considero que não há necessidade para tanta exposição. Mas isso não é o pior: não raro no perfil do cidadão estão fotos em churrascos, festas e outras coisas mais, expondo, aliás, familiares e amigos.
No entanto, essas pessoas que participam das redes sociais, são pessoas como todas as outras, querem vencer na vida, querem casar, têm sonhos e, nesses sonhos certamente almejam um bom emprego. Poucas, entretanto, desconfiam que o mundo corporativo há muito tempo está de olho nas redes sociais para saber as preferências de seus candidatos ou funcionários.
Por isso é preciso bom senso, sempre, em redes sociais ou não, tenhamos bom senso.
A propósito, recordo-me de um professor de Teoria Geral da Administração que dizia: Olha, meus filhos, muito cuidado com o que vocês fazem nesses churrascos de final de ano. Pense bem antes de beber todas e baixar o nível, porque embora estejam todos em momentos de descontração os chefes estarão lá. E geralmente eles têm boa memória e não se esquecem do que vocês fizeram.
Em realidade, meu professor aconselhava o bom senso. Tenham bom senso para não se arrependerem mais tarde. Já fiquei sabendo de carreiras promissoras em grandes organizações que foram decepadas pelos porres cometidos nessas festas de final de ano.
O mesmo princípio de meu velho professor aplica-se às redes sociais que se bem utilizadas só agregam valor sob o ponto de vista profissional e pessoal. Eu mesmo as utilizo e retiro delas gratas satisfações e alegrias.
No entanto, é preciso saber utilizá-las com inteligência, transformando-as em aliadas ao nosso processo de aprimoramento como ser humano e não como bombas que explodem por conta de nosso despreparo em lidar com essas mídias.
Nos churrascos de final de ano ou em nossos perfis nas redes sociais o bom senso é que deve nortear a nossa conduta. Nada de extravagâncias, segredos contados e opções que só dizem respeito a nós partilhadas com o resto do mundo. Pois isso pega mal; pega mal e prejudica em processos de seleção e até na expansão dos círculos de amizade.
Tomemos, pois, cuidado com o que andamos espalhando ao mundo sobre nós mesmos. Pois todos estão com os olhos bem abertos sobre o que pensamos, fazemos, sonhamos, enfim, sobre o que somos ou o que queremos ser, principalmente as empresas.
Pensemos nisso



Biografia:
Wellington Balbo, 36 anos, escritor, 7 livros publicados.
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