“Para que serve a poesia, poeta?”
– Para nada, saco! – respondo curto, justo e grosso.
Justo? Não sei, não sei.
Eis aí o contrassenso.
Assim talvez não deva ser.
Passo, então, a me explicar com outra pergunta:
– E a vida para que serve, hein?
Instintivamente, em resposta me dirão:
“Poeta, não seja inocente. A vida serve para ser vivida.”
Ah! Então é isso.
Com o tempo percebi que a vida e a poesia caminham juntas.
Estão sempre unidas... incansáveis.
Para mim, a poesia serve para ser vivida
E a vida para ser poetizada.
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