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A PERMUTA INFUNDADA
Britinho

Em uma cidadezinha do interior, havia um Caboclo que tinha uma esposa muito bonita, ela parecia uma índia. Morena de cabelos longos!
                   Aquele homem, não dava muito valor, para aquela linda mulher e comentava com os amigos:
                 - Estou cheio da minha mulher, só me trás despesa e muitos problemas! Um dia eu troco essa mulher...
                   A cidade inteira olhava, quando, ela passava e ninguém entendia tamanha reclamação do homem em relação a sua esposa. Ao mesmo tempo não acreditavam no que ele dizia em relação a trocá-la. Ficavam admirados pelo fato e muitos até sonhavam:
                 - Eu a troco por um cavalo de raça pura. – dizia o dono do bar.
                 - Já que ele não quer, eu quero. Porque ele não larga logo do pé dela? – dizia o padeiro.
                 - Quem dera minha mulher fosse assim! – falava o barbeiro.
                 - Eu troco pela minha e ainda dou uma volta. – dizia um mecânico, que se metia em baixo do carro para ter uma visão melhor, ao vê-la passar.
                   Todos escutavam o Caboclo e não diziam nada, não acreditavam.
                   Até que chegou um Caipirinha na cidade, montado em uma mula e escutou o comentário. Pediu ao pessoal que lhe apresentassem ao homem.
                 - Seu moço! “Cu” “me” que eu faço pra “cunhece” esse “omê”? Me “presenta” “iele”! “Tô” “tão precisado” de “rumá” uma “muié”.
                   Com isso, começou outro comentário:
                 - Porque o Caipira quer conhecer o homem?
                 - Ele falou que quer arrumar uma mulher.
                 - Acho que ele não bate bem da idéia, não!
                 - Será que esse Capiau, vai querer dar em cima dela?
                 - Claro que não! O cara com esse jeito de Matuto, não vai arrumar nada com aquele mulherão!
                   O Caipira tanto fez, que conseguiu conhecer o Caboclo. Chegando em sua casa, disse:
                 - “Prazê”! Meu nome é “Zé do Gado” e vim aqui pra nós “tratá” de “negórcio”.
                 - É um prazer, entre! Mas que tipo de negócio o senhor quer me propor?
                 - Eu sei que o “sinhô” gosta “mutio” de gado, e eu tenho umas vaquinhas lá, pra nós “fazê” “negórcio”...
                 - Mas que negócio o senhor quer fazer? No momento eu estou sem dinheiro e não estou podendo comprar...
                 - Não “prercisa” de dinheiro, não “sinhô”! O “sinhô” tem uma coisa que “mutio” me “intererssa”.
                 - Não estou entendendo... Bem, então, faça-me a proposta!
                 - Oia! Vai ser um “negorção” “pro” “sinhô”.
                 - Fala logo, homem!
                 - “Ta” “bão”, vou direto ao arssunto. Sem eu “vê” sua “muié”, eu “lê” “dô” duas vaquinhas por ela...
                 - O senhor está maluco? Duas vacas pela minha mulher...
                 - “Ta” bom! “Sem mais” e “sem menos”, hein! Vou “le” dar as duas vaquinhas e mais a minha mula de “estimarção”! Fechado?
                   Na cidade estavam todos apreensivos! Já havia até gente apostando. Uns achavam que o caipira iria aparecer todo quebrado de tanto apanhar. Outros achavam que depois de muitos anos, iriam ter um cortejo fúnebre. E ninguém achava que ele fosse aparecer com aquela Beldade.
                  Quando, de repente, vem chegando Zé do Gado, esbaforido de tanto andar, acompanhado daquela “Potrancona”. Entrou no bar e pediu algo para beber.
               - O “sinhô” me “dar” uma pinga e “sirlva” alguma coisa pra ela. “Andamo” muito, “tô” triste, “porlque”, perdi minha mula na troca.
                   O Caipirinha malandro do jeito que era não deu muitos detalhes.
                   O dono do bar por sua vez, espalhou aquela noticia e então, vieram novos comentários!
               - O que? Se eu sei disso antes. Tenho três mulas que não me serve pra nada. So quer saber de comer. – disse o padeiro.
               - E eu! Se eu soubesse antes, eu cortava o cabelo dele por um ano. – disse o barbeiro.
               - E eu mantinha a minha proposta! – disse o mecânico, triste da vida.
                  De repente aparece “Carola” o travesti da cidade, cheio de ciúmes e diz:
               - Seus Bofes! Vocês são todos uns jumentos! Porque o homem, todos os dias, dizia que queria trocar sua mulher e vocês não acreditavam. Eu quero lhes dizer, que aceito a proposta de vocês...

                  

                 

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