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Quando existe amor
Danielle Sgorlon

Resumo:
E como diria Renato Russo... "E quem um dia irá dizer, que existe razão, nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer, que não existe razão?"

Ela não entende como ele pode gostar tanto de futebol.
Ele não entende como ela pode gostar tanto de novela.
Ela não entende como ele pode ser tão fanático a ponto de, ao final de um jogo, colocar em programas de esporte para ouvir comentários e rever 25 vezes o mesmo gol, em diferentes ângulos.
Ele não entende como ela pode ser tão viciada em novela a ponto de ligar para as amigas e discutir com elas o destino dos personagens, além de rever no sábado o último capítulo que passou na sexta.
Ela não entende como ele pode esquecer-se do seu aniversário e do aniversário de namoro.
Ele não entende como ela consegue lembrar-se de tantas datas, inclusive do aniversário do cachorro.
Ela não entende como ele consegue acordar às 4 da manhã para assistir a uma luta ou ao treino de Fórmula 1.
Ele não entende como ela fica acordada até as 3 da manhã assistindo “E O Vento Levou”.
Ela não entende qual a graça que ele encontra em passar o sábado inteiro em um bar bebendo com seus amigos “bêbados”.
Ele realmente não consegue entender qual a graça que ela encontra em passar o sábado inteiro em um shopping, fofocando com as amigas e olhando vitrines.
Ela não entende porque ele não usa aquela camisa rosa que ela lhe deu no último Natal.
Ele não entende porque ela adora camisas rosa.
Ela não entende porque ele não consegue levantar o assento do vaso antes de usar.
Ele não entende porque precisa levantar o assento do vaso antes de usar.
Ela não entende o fato de ele usar a mesma camisa no sábado e no domingo e não se importar com isso.
Ele, de verdade, não entende ela ter de combinar o vestido com o sapato, a bolsa, a maquiagem, os óculos e a presilha do cabelo.
Ele não entende como ela pode dizer: “estou quase pronta” e demorar mais 2 horas para se arrumar para sair.
Ela não entende o fato de ele não entender que cabelo e maquiagem demoram em serem feitos e arrumados.
Ele não entende como ela pode gostar tanto de revistas como Caras, Contigo e Cláudia.
Ela não consegue entender a fascinação dele em revistas como Playboy e 4Rodas.
Ele não entende o pavor dela quando vê uma barata.
Ela não entende como ele consegue não ter pavor ao ver uma barata.
Ele não entende como ela consegue ser tão organizada.
Ela não consegue entender como ele pode ser tão bagunceiro.
Ela não entende como, mesmo ela dizendo onde está o pote de margarina na geladeira, ele não consegue encontrar.
Ele tenta, mas não consegue entender como, depois de procurar o pote de margarina por meia hora na geladeira e não encontrar, ela simplesmente estica o braço e o pega, sem nem olhar direito.
Ele nunca vai conseguir entender como ela consegue cozinhar, falar ao telefone e assistir TV ao mesmo tempo.
Ela não entende porque ele não consegue dar atenção a ela, simplesmente porque está passando um jogo na TV.
Ela não entende porque ele grita e gesticula tanto durante um jogo, chama o juiz de ladrão e os jogadores de toda gama de palavrões, sabendo que ninguém, além dela, está ouvindo.
Ele não entende como ela consegue chorar vendo uma novela, sabendo que aquilo é uma encenação, feita exatamente para tentar comovê-la e dar audiência para a emissora.
Ela não entende porque em cada 10 palavras ditas por ele, 12 são palavrões.
Ele não entende como ela pode chamar tudo de inho, inha, mesmo quando está nervosa.
Eles não se entendem...
Eles realmente não se entendem...
Ele não entende porque ela chora tanto por qualquer motivo.
Ela não entende porque ele é tão insensível.
Ela não entende o vício dele em cerveja.
Ele não entende como ela consegue comer tanto chocolate.
Eles não se entendem...
Mas mesmo assim, sem se entender... Eles se amam...
E sabem que o amor que sentem é suficiente para mover qualquer muralha, para tornar insignificante qualquer diferença ou desavença...
E sabem também que, não teria tanta graça, se não fossem essas diferenças, esses pequenos detalhes que enriquecem tanto a vida a dois...
Eles não se entendem... Mas ao mesmo tempo se entendem tanto...
Ela é doce... Ele amargo...
Ela é clara... Ele escuro...
Ela é luz... Ele sombra...
Ela é dia de Sol... Ele noite enluarada...
Ela é água... Ele fogo...
Ela é Céu... Ele Terra...
Ela é paz... Ele guerra...
Ela é Bela... Ele... A Fera!


Biografia:
Bióloga e jornalista. Amante das letras e de tudo que vem delas! Escrever é uma paixão que vem da infância! Ler é outra paixão! Cada palavra escrita reflete o que se passa na alma! http://www.danisgorlon.com
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