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Andrea de Barros |
Nada sou além de sangue.
Significante insignificado,
Réstia de átomos ensimesmados,
Fosso de vida em mim estanque.
Se sangue sou além de nada,
O que é você, em si, de seu?
Alguma sombra do quem tem sido
Ciclo de seres sem fim num eu.
Na multidão de indivíduos,
Não se separa o seu do meu.
Na sua boca o que eu falo é dito
Às minhas costas sua cruz se deu.
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Biografia: Nasci em 1970, sou mestranda em Literatura e redatora publicitária em horário comercial. O Texto tem sido o fio condutor da minha vida, desde que me lembro estar consciente dela. Escrevo para viver, para pagar as contas, para transcender a vida mal escrita que torna e retorna, sempre, ao Texto. |
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