"a vida é uma tarefa a ser elaborada" Schopenhauer
Não desejo para mim 'vida longa' pois (como já prescreveu Sólon, o Ateniense) vida longa 'desemboca no mal rastejante da velhice'.
Sólon dizia que os únicos tesouros do homem (que é mortal) são: seu estômago, seus pulmões, seus pés (quando trazem alegria e não a dor), os encantos do florescer da juventude, e poder observar a mudança das estações.
Por mais 'prata e ouro, campos de terra, plantações de trigo, cavalos e mulas que tenha', nada disso servirá como resgate para habilitar escapar da morte ou de uma doença terrível ou o mal rastejante da velhice.
Mas, o estômago (até aqui) só tem valia quando pode ser abastecido. Sei que Sólon tratava disso, porém é preciso 'esclarecer', creio, até porque uma 'plantação de trigo' possibilita um pãozinho (pelo menos).
E a 'plantação de trigo', aliás, depende de 'campos de terra'.
Não se trata, entretanto, de contrariar Sólon (longe disso!); no entanto de 'pontuar', talvez, uma ou outra afirmação; isso porque, concordando com Sólon a questão das 'prioridades da vida', eis que elas têm 'valor' quando apropriadamente 'desfrutadas'.
Discorrer sobre 'pulmões', com tanta discussão disponível acerca da poluição, nesse momento, seria 'chover no molhado' (quando não há falta de umidade, aquecimento etc) e, a questão dos 'pés', acredito, Sólon já elucida dizendo que 'tragam alegria e não a dor'.
E quanto, às 'florações' (juventude e mudança de estações), tenho a forte impressão que 'à cavalo' tudo fica (ou ficaria) mais 'encantador' (não que a pé - com os 'pés alegres', ressalte-se - não seja (ou não seria) também 'encantador'.
O que dizer, depois de tudo, acerca da 'prata e ouro' como 'resgate', a não ser que qualquer plano de saúde no Brasil, conforme a idade avança, está a 'peso de ouro'?
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