Flores de papel |
Martinho Totta |
Noite após noite ela dormia
Cercada por flores de papel
Grudadas nas paredes do quarto
Arabescos de plástico multicoloridos
Verdes lilases amarelos vermelhos azuis
Transportavam a janela para dentro
De órbitas quase negras
A vida no interior daquela exuberante flora artificial
Contrastava com um mundo distante
A milhões de quilômetros
A milhares de anos
E longe de tudo
Tão perto daqui
Noite após noite ela dormia
Cercada por flores de papel
Grudadas nas paredes do quarto
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Martinho Tota
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