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A GERAÇÃO “LATRINHA DE CELVEJA”.
JOVENS E CERVEJA
Wagner Paulon

Resumo:
Pesquisas comprovam que a quase totalidade dos jovens ingere grandes quantidades de bebidas alcoólicas principalmente cerveja, algo superior a 70% entre os 15 e 17 anos.

A GERAÇÃO “LATRINHA DE CELVEJA”.
Dr. Wagner Paulon
2010

Pesquisas comprovam que a quase totalidade dos jovens ingere grandes quantidades de bebidas alcoólicas principalmente cerveja, algo superior a 70% entre os 15 e 17 anos. O impressionante é que muitos jovens querem, por conta própria, ficar bêbados. Alcoolizarem-se passou a ser moda entre os jovens não diferindo de classe social.

Aonde quer que se vá, não importa a hora, o dia, o ano, o local ou se é dia ou noite, encontram-se grande numero de jovens com a famigerada “latrinha de celveja” na mão.

Os botequins nas cercanias das escolas, faculdades e universidades encontram-se lotados de alunos embriagados e outros a caminho, também munidos da famosa “latrinha de celveja”.

Será que estes jovens não percebem que seu comportamento de portar a malfadada “latrinha de celveja” em qualquer tipo de evento quer sejam festivos, religiosos, sociais ou escolares, (aniversários, casamentos, reuniões escolares para tentar estudar e etc.), é ridículo e extremamente agressivo à sociedade? As pessoas que assim procedem são motivos de chacotas e fazem o papel de “bobos da corte”, não percebem o quanto de mal estão fazendo contra a sua decência e seu caráter.

A atitude de portar constantemente a “latrinha de celveja” na mão é uma das principais causas da destruição da dignidade, do respeito próprio, da responsabilidade, da honestidade, e da confiabilidade perante o próximo. Não dá para confiar numa pessoa que constantemente encontra-se com “latrinha de celveja” na mão, pois deduzimos rapidamente que a pessoa embriaga-se freqüentemente.

Parece até que a cerveja e a sua latinha são sinônimas de cultura, educação, dignidade, respeito, escola, estudo, futuro, família, filhos, enfim “Deus Todo Poderoso”.

Os jovens sob o efeito do álcool se alocam em posição vulnerável (debilitada, combalida, pouca consciência), ficam sujeitos a agressões e atos de violência e vandalismo.

Pesquisadores afirmam que dos setenta por cento (70%) dos jovens entre 15 a 17 anos que bebem, um dentre cinco ingere habitualmente mais de dez doses ou latinhas de cerveja, e mais de 25% bebem mais de sete doses ou latinhas de cerveja. Perto dos 28% dos alunos do ensino médio ficam embriagados.

Os jovens se esquecem ou ignoram que ao se embriagarem freqüentemente podem vir, mais cedo ou mais tarde, a apresentar seqüelas que afetam o cérebro, o comportamento, a psique, o fígado, o estômago, e indiscutivelmente à potência sexual.

É grande o numero de adolescentes e adultos afirmarem peremptoriamente que o álcool não é uma droga; mas estão redondamente enganados; o álcool é uma droga e leva a morte.

O consumo descomedido de bebidas alcoólicas também é a causa do aumento de gravidez na adolescência, de doenças sexualmente transmissíveis, do aumento dos índices de estupro, agressão sexual, acidentes de carros e mortes violentas descabidas.

Através dos infinitos veículos de comunicação somos bombardeados todos os dias, horas e minutos por propagandas publicitárias que promovem as bebidas alcoólicas principalmente à cerveja com entusiasmo, fervor, paixão, energia, glorificação, ardor e consagração, sem, entretanto apresentá-la como um produto virtualmente perigoso para a saúde.

Compreende-se, então, que os jovens vejam o álcool como um passaporte para a alegria, a felicidade, o sucesso, a conquista, uma forma de relaxar, de se divertir, de amar melhor, de se relacionar e ser super-homem.

Compete aos progenitores, a escola, a igreja, a família, o estado e a sociedade garantir que o jovem receba formação e informação sensata, correta e principalmente honesta sobre os malefícios das bebidas alcoólicas consumidas desregradamente e sem nenhum limite.




Biografia:
Psicanalista e Mestre em Psicopatologia pela (Escola Paulista) em SP-BRASIL; Formação Integral e Análise Didática em Psicanálise; Psicólogo Clínico pelo (Saint Meinrad College) em USA; Pedagogo pelo (FEC ABC) em SP-BRASIL; MBA pela (University Abet) em USA; Curso de Especialização em Entorpecentes pela (USP) em SP-BRASIL; Livre Docente em Faculdades e Universidades Brasileiras; Exerce atividades Clinicas e Educacionais há mais de trinta e cinco anos; Membro de varias Sociedades Científicas Internacionais; Membro da “Cruz Vermelha Brasileira - Filial Estado de São Paulo”; Membro da Organização Internacional “Médicos Sem Fronteiras” e Atual Diretor do Centro Psicanalítico de Ubatuba-SP.
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