ENTRETANTO!
Meu canto triste
no dorir dos teus olhos,
a florir nesta vida
perpetua-se ao ventre
no rubror do teu ser.
Buscando ideais
eruditos à memória,
ronda a desdita
desalinho e fervor,
tépido querer
incógnito olvidar.
Entretanto,
a flacidez, descansa pois
no sentimento, ídem
ao bocejar dos sonhos
e lacrimar do mundo.
Toda fascinação
eterniza lucidez
irmana perdurar;
Confinado a tristeza
tosca imagem, recordações
na dança dos trilhos,
inconteste sutileza
imatura reluz, entoando
n'alma dos filhos
sufrágio de incerteza
no bojo das ilusões.
Alvaro Sertasno,91.
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