AZO!
Meu peito ardente
feroz, inquieto,
na gruta da saudade
elevo meu verso,
meu canto fraterno
em dimensão,
buscando a razão.
Não fecho meu canto
atrevido, atroz,
não vou reclamar;
Sofrer é tolice
importante é viver,
nun facho de luz
que me concentra você,
no alvor do amanhecer.
Marcas desse tempo
que ficou para tráz,
aura de balanço
que não volta mais
aura de balanço
que ficou prá tráz,
marcas desse tempo
que nao volta mais.
Alvaro Sertano,83.
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