tempo lascivo
que me
bruta
no vago,
e tonteia
passado e
presente.
sem crivo
de santos.
faz a mistura
que eu faço
os ponteiros.
já não alcanço
sua formosura,
já não abraço
sua cintura.
tudo de bravo
diverge e compõe
o nosso tempo
de lascos.
um dia,
de arder,
quando não
for mais sol,
entro
na rústila noite,
e abraço os
musgos das
sombras de
outeiros.
por onde passou
e deixou marcas,
de resto,
o que ficou!
se valho,
não sei.
desejo e
falo
deste longo
amor,
como se amacia
o damasco
nos lábios
adocicados,
dos ventres
de enlace.
saia comprida
dos
avantes!
vestal
de azul-moreno,
seu vestido,
bem rente ao mundo.
e nele
choro
emperdenido,
fazendo coro
dos nossos
jamais.
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