Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Colocaram o bigode de molho
Fabiano Fernandes Garcez

Há muito tempo venho observando que os homens de hoje não usam bigode, há homens com barba, cavanhaque, mas o bigode sozinho é raro. O bigode está em falta!
Segundo alguns etimólogos, os povos visigodos que viviam na Península Ibérica usavam uma marca registrada: seus bigodes, assim surgiu a palavra bigoth (bigode) derivação de visigoth (visigodos) e com o tempo passou a se referir a penugem abaixo de lábio, mas, se tratando de etimologia, há controvérsias.
     Lembro que na minha infância meu pai conhecia inúmeros Bigodes. Assim, apelido, quase nome próprio. Olá, Bigode, com está? Ó não esquece de mandar um abraço pro Bigode! Chegou o Zé Bigode!
     Alguns entraram para a história e viraram modelos de outros tantos, como do cantor Freddie Mercury, sempre bem aparado, outros não tão volumosos, como o do Hitler e do Chaplin que eram pequenos, menores que a boca, porém forma marcantes. O bigode chinês, fino e comprido é muito famoso em filmes, o que Marcel Duchamp fez no retrato da Monalisa também é. Aliás, mulher de bigode é raro, mas existe, como também o dito popular que diz que mulher de bigode nem o diabo pode!
     O bigode português também foi bem popular, era espesso e levemente ondulado para cima, geralmente era acompanhado por uma caneta atrás da orelha e uma camiseta branca. Já ia me esquecendo do mais famoso bigode do senado. E o que dizer do escovão de Nietzsche, esse sim era um senhor bigode, inigualável, impunha respeito aonde chegava
     Apesar de estar fora de moda, o bigode é algo curioso, pelo menos para mim, era um símbolo de virilidade. Será que são esses novos tempos que fizeram os bigodes desaparecer? Talvez porque agora não é mais necessário algo que represente a masculinidade do homem moderno.



Biografia:
Fabiano Fernandes Garcez nasceu em 3 de abril de 1976, na cidade de São Paulo (SP). Formou-se em Letras, é professor de língua portuguesa, literatura e redação, participou das antologias: São Paulo Quatrocentona e Poemas que latem ao coração, é autor dos livros: Poesia se é que há e Diálogos que ainda restam.
Número de vezes que este texto foi lido: 61639


Outros títulos do mesmo autor

Crônicas 2016: A olimpíada do Lula! Fabiano Fernandes Garcez
Crônicas Vamos colocar os políticos no paredão? Fabiano Fernandes Garcez
Crônicas A unanimidade comercial Fabiano Fernandes Garcez
Crônicas O preconceito poético Fabiano Fernandes Garcez
Crônicas Colocaram o bigode de molho Fabiano Fernandes Garcez
Crônicas O significado de uma palavra pode não ser o seu significado Fabiano Fernandes Garcez
Crônicas A certeza da inexistência da inspiração Fabiano Fernandes Garcez
Crônicas O clima louco de São Paulo Fabiano Fernandes Garcez
Crônicas Senhor reality show Fabiano Fernandes Garcez
Crônicas A força vital é a vontade de viver Fabiano Fernandes Garcez

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 11 até 20 de um total de 43.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Resumo - Direito da Criança e do Adolescente - Isadora Welzel 62682 Visitas
A SEMIOSE NA SEMIÓTICA DE PEIRCE - ELVAIR GROSSI 62657 Visitas
Mistério - Flávio Villa-Lobos 62515 Visitas
A Aia - Eça de Queiroz 62489 Visitas
Legibilidade (Configurando) - Luiz Paulo Santana 62478 Visitas
Parada para Pensar - Nilton Salvador 62452 Visitas
Minha Amiga Ana - J. Miguel 62451 Visitas
RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT - BR 116 - Arnaldo Agria Huss 62448 Visitas
O pseudodemocrático prêmio literário Portugal Telecom - R.Roldan-Roldan 62447 Visitas
MEDUSA - Lívia Santana 62436 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última