Viajava de trem, via a paisagem ao longo se destanciar devagar,depois rapidamente,ao lado meu, do outro lado da poltrona,um senhor sisudo,de óculos lia um jornal, porém seu rosto demonstrava preocupação com o que? não se sabe.
Travei conversa com êsse cidadão,soube então,que ele se chamava Eduardo,e que aquela viagem estava sendo feita meio a contragosto,seus familiares achavam,que ele deveria ir para outro estado,procurar a felicidade que não encontrará naquela cidade.
Eu explicava para ele,que seria difícil isso acontecer,afinal,a felicidade e a paz só existe no coração humano,que ele poderia viajar o mundo todo,porém a felicidade ele não encontraria.
A viagem acabou assim,ele não conseguira convencer-me com seus argumentos,e eu muito menos com os meus.
Dois anos se passaram,certo dia estava lendo um livro na biblioteca,quando deparei com um cidadão,que me olhava fixamente através de um óculos,cabeços bem mais embranquiçados pelo tempo,porém com um sorriso diferente,ele não sorria com a boça,mas com os olhos com o seu ser.
Ele se apresentou sendo Eduardo,que me conhecera naquele trem,então me contava ele,que depois de muito bater a cabeça,ele resolveu parar,e fazer uma viagem através de seus conceitos de vida,de valores,e conseguiu vislumbrar a própria felicidade,hoje ele era um póspero empresário,mas que não dava muita atenção ao dinheiro,o que ele queria era ajudar o próximo sempre,dessa forma ele encontrara a felicidade,dali a pouco surgiu dois garotinhos ele me apresentou como sendo seus filhos,sua esposa estava na empresa onde ele trabalhava também,ele havia saído para fazer uma caminhada,e aí me encontrara naquela biblioteca.
Fomos almoçar juntos em sua casa,família feliz,podia se ver alí.
Fiquei feliz,ele entendera de vêz o que eu queria dizer.
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