A Vidraça
O saber é luz que não se traça. É tesouro virtual quanto à própria alma. É um bem, quando bem utilizado para trazer paz e calma a você e a quem mora ao lado, por pouco que se faça. Porém, vem o triste recado: Ele está sempre guardado deixando a mente estouvada e à mercê. Às vezes plenamente cega como se pode ver um bem embolorado. Jamais esquecido apesar de mofado, não servindo a nada, nem à ignorância que se carrega. É o desperdício de inerte vício. É mais que pecado.
Se você é dono de mesa farta com muitas iguarias, e com boa saúde para saboreá-las, muito bem, está fazendo bom uso de um tesouro. Porém, se não reúne essas qualidades, sinto muito em lhe dizer coisas nobres, pois, assim o faço com humildade: “Você, é mais um pobre“ a bem da verdade. A menos que possua aquele tesouro de mais idade chamado: Amor. Aí você é rico sobremaneira encerrando qualquer discussão de qualquer asneira e sem a menor qualidade.
Sabedoria guardada em prateleira merece um instante de atenção, quando se tem uma estante ao alcance da mão. Mais um tesouro guardado fora, para não dizer: jogado agora num lamacento chão. É pobreza de doer o coração. Continua pobre, meu irmão!
Veja este tesouro da vidraça, que a traça jamais traça, eis a lição: Atrás da vidraça onde somente a visão traspassa qualquer emoção, está a criança cheia de graça olhando aos pássaros na ensolarada praça. São os donos da natureza em sua esplêndida beleza. Agora, e você, pára para contemplar o que vê, ou o vê na tevê? Você precisa entender onde se acha a graça de se viver! Ela não está na parede, na copa, tampouco, na rede, está em você. Então é biliardário e generoso ao gastar o seu tesouro com o otário que não quer aprender. Fazer o que, povo é povo, você é você o rico que não se vê.
Parabéns, você é o mais forte candidato à felicidade.
jbcampos
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