Fantasmas da meia-noite -
bruma rumo da alma inquieta -
amedronta meu sonho,
sem tijelas de alpagirras.
Moiçola de tantos anos,
danço no empiezo da vida,
sem ato, sem laço,
vivo no ralo
sem voltas,
sem idas.
Hoje não quero sermão.
Se o aço corta,
corta meu passo,
e só vejo você em
sonhos,
lá,bem dispersos
onde nem reis
lá são seus donos
e rainhas vivem pomos
de solidão!
Corta o aço da vida!
E, mesmo de longe,
me abraça!
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