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DEIXEI MEU FILHO PRECONCEITUOSO, COMO ASSIM?
teresa armando elios da silva

Resumo:
Tendências acrescidas de conteúdos preconceituosos absorvidas pelo indivíduo em formação, advindas das pessoas que mais ama e admira o forçarão a se posicionar diante das situações do seu cotidiano. Escolherá agir rotulando as pessoas, nem pronunciando mais os seus nomes ou fará diferente ? O tempo dirá.

DEIXEI MEU FILHO PRECONCEITUOSO, COMO ASSIM?

Quando nos deparamos com um recém-nascido, na maioria das vezes, dizemos ou ouvimos dizer:
_Que belezinha, tão inocente, não tem maldade nenhuma!
Realmente, não tem maldade.
Segundo o filósofo Jean Jacques Rousseau:
_” O homem nasce bom a sociedade o corrompe”.
O primeiro contato social que ele tem é com o ambiente que o acolheu, quem o gerou.
Em sua bagagem emocional carrega as suas tendências que só precisam de oportunidades para serem afloradas, para o bem ou para o mal e para que ele possa fazer esse parâmetro há a necessidade de assimilação de conceitos que adquire através das sensações e observações que absorve dos que o rodeiam.
Aqueles que assumem a responsabilidade pela criação e a formação de um indivíduo, precisam estar cientes que a partir do nascimento ele já começa o período de observação e a desenvolver reações diante do seu cotidiano.
A medida que vai se desenvolvendo a sua capacidade de percepção vai se aprimorando e as suas tendências vão sendo testadas através de suas reações.
Adultos que ele admira blasfemando contra Deus, por ser pobre, não ter trabalho, ter um monte de filho. Brigando o tempo todo, se drogando, ingerindo bebida alcóolica, cometendo contravenções, utilizando a tortura psicológica para conseguirem o que querem.
Agora algo que ele não entende porque não pode brincar com o amiguinho que a mãe lhe disse:
_Aquele pretinho sujo! Como assim, se eu gosto dele.
_Aquela? tem o cabelo todo sujo.
_Não vai na casa daquela mulher, ela é macumbeira.
_ Você vai sair com aquela gorda?
Quando ouve alguém se referindo a ele:
_Você não vai dar nada na vida, puxou o seu pai, cachaceiro, vagabundo e burro.
Ou então fazendo comparações entre os filhos:
_ O mais velho é inteligente , já este caçula é burro que só.
Nem pronuncia mais os nomes dos filhos e o mais incrível que nem percebe pois já virou rotina, se refere a eles, como retardado, porco, gorducho, comilão, surdo, burro,...
Quando fala de alguém que não gosta, aquela vaca, vagabunda, piranha, mal amada,...
O indivíduo vai absorvendo os conteúdos preconceituosos que vai ouvindo no decorrer da vida, faz sua escolha de acordo com as suas tendências e o que será que fará? Rotulará as pessoas ao invés de pronunciar os seus nomes ou fará diferente do que ouviu durante todo o tempo?
O tempo dirá.



Biografia:
Sou assistente social e gestora do terceiro setor, trabalho com autoconhecimento direcionado a crianças, adolescentes e suas famílias.
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