Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
“CADERNOS DA NOITE”
Tânia Du Bois


     Segundo Lauro Junkes, Alcides Buss apresenta-se como um exímio da palavra rica em conteúdo de sua sonoridade, de seu ritmo e articulação. Nele, há a preocupação com a palavra natural e espontânea, exata e adequada.
     Buss trouxe sensível contribuição à poesia catarinense, é autor do livro Cadernos da Noite, onde apresenta poemas sóbrios, porém modernos. Extrai a tônica da sua poesia, cuja obra é avaliada como a sua melhor produção, a ponto de se transformar em obra de arte.
     Cadernos da Noite situa o poeta e caracteriza a sua produção literária, conquistando o leitor.
     Segundo Miguel Sanches Neto, “... nos poemas de Cadernos da Noite, encontramos a melhor produção poética de Alcides. É o poeta dos solidários estados da alma, marcados pela consciência das incertezas temporais”, como podemos observar no poema,

     “O dia vem, o dia vai / e só vivemos um dia / a vida toda. /
     Um dia ou quantos dias, / semanas meses ou anos? /
     Oh, nada sabemos / a não ser que um dia /
               é quanto temos para viver”.

     Buss literariamente coloca dentro da moldura, de modo muito particular, o não-ser e isso aumenta sua percepção e salienta sua característica, levando o escritor a um período de linhas definidas, como:

     “Por mais que nos livramos / Mais estamos em nós /
     Sem nós mesmos”.

     Grande poeta, versos profundos. Realmente, sensível às formas de beleza, o verso nas mãos de Buss ganham corpo e ritmo. E na criação mais significativa de sua inspiração, Cadernos da Noite, se conservará sempre, ou seja, o gosto pela forma apurada – e os versos não-ser, constituem a ponte de ligação entre dois mundos -, ele os delimita e os liga ao mesmo tempo, da sombra se encaminha para a luz.
     Mansueto Bernardi escreveu que “Tudo... há de em sombra reverter. Em tudo, a sombra está, como um agouro. Tudo na vida é sombra a se mover”.


Biografia:
Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e A Linguagem da Diferença.
Número de vezes que este texto foi lido: 61664


Outros títulos do mesmo autor

Artigos MÃES: o espaço das palavras Tânia Du Bois
Artigos DESCOBERTA FANTÁSTICA Tânia Du Bois
Resenhas DE ONDE VÊM AS IDEIAS? Tânia Du Bois
Artigos PORTINARI, entre traços Tânia Du Bois
Artigos NA MOLDURA DA JANELA : A COR DA FLOR Tânia Du Bois
Artigos NÚMEROS RECONTADOS Tânia Du Bois
Artigos Tempo: A MELHOR MEDIDA É A DA POESIA Tânia Du Bois
Artigos MULHER Tânia Du Bois
Artigos de pó em palavra: COADOR Tânia Du Bois
Artigos “Será Que Ele É?” Tânia Du Bois

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 311 até 320 de um total de 340.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Locke e Descartes sobre o racionalismo e o empirismo - Giulio Romeo 61928 Visitas
Resumo - Hermenêutica Jurídica - Isadora Welzel 61927 Visitas
O Último Horizonte - Giulio Romeo 61927 Visitas
Entendendo as Mulheres - José Ernesto Kappel 61927 Visitas
MASSA & ENERGIA - Ivan de Oliveira Melo 61926 Visitas
REFLEXÕES SOBRE A ÉTICA EMPRESARIAL - Ismael Monteiro 61926 Visitas
Eu, o tempo e o brilho do seu olhar - jbcampos 61926 Visitas
O Homem Que Não Tinha - José Ernesto Kappel 61926 Visitas
A minha missão na terra - Henrique Pompilio de Araujo 61925 Visitas
Achados de Vânia - José Ernesto Kappel 61925 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última