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Rua e a sua rua livre
Sergio Ricardo Costa



Morre esquecida entre as flores,
Antes de ir após a porta
Ser tolerada e logo, todas,
Tão vagamente vivas, morrem
Tanto e de forma tal, que vale a
Pena viver por este frágil
Sonho em nossas mãos,
Alguma honra em alguma força nova,
Pérolas duras não tão lindas,

E,

Rua e a sua rua livre
Tocam-se dentro e fora
Desta forma.

Porém nenhum estado
Sólido vence a crua sombra,
Coisas cruéis que só escondem
Passos da morte além da porta,
Passos à porta além da rua.

Vem pelo ar além do mundo
Tudo o que deva ser lembrado
Antes que passe desta linha
E mais que um olhar, a porta aberta,
Ou semelhança, cubra o mundo

Livre e a rua ainda à espera:

Nada demais já vinda a noite,
Nada dizer, só veio a morte,
Nada mais é possível.

Nada!


Morre esquecido entre as flores,
Sendo de novo um bom momento,
Antes de ir após a porta,
Para não ter só um sorriso e
Quase não ir com seu sorriso
Ser tolerado e logo todas
Pedras e flores ter ousado
Tão vagamente vivas,
Morre
Bem devagar,
Por fim, um gesto
Tanto e de forma tal, que vale a
Tanta razão (é mesmo uma
Pena
                   Viver) sob esta frágil
Venda coberta entre as frestas,
Sonho em nossas mãos, alguma
Meta a traçar limite, marca
Honra em alguma força, nova,
Época menos própria para
Pérolas duras não tão lindas
(Joias em nossas mãos),
Que alguma
Rua e a sua rua livre
Fria e sem ser destino agora,
Tocam-se dentro e fora
                                           Desta
Prova cabal que nada prova,
Forma, porém, nenhum estado,
Quer avançar enquanto o dia
Sólido vence a sua sombra
Falsa no ar,
                     Enquanto encontra
Coisas cruéis que só escondem
Antes de tudo, sua morte,
Passos da morte além da porta,
Muito aproveita dessa honra,
Passos à porta além da rua

                                             Suja
Em que amigos deram voltas,
Vem pelo ar além do mundo
Certa desculpa


                            E sendo apenas
Tudo o que deva ser lembrado,
Lembra, contudo, cada dia
Antes que passe desta linha
Da ladainha (várias vezes)
E mais que um olhar, a porta aberta,
Teme entre ir de um mundo a outro,
Ou,
Semelhança,
Cubra o mundo
A esperar alívio, o corpo

Livre e a rua ainda à espera:

E, infeliz, pensar no tempo,
Nada demais já vinda a noite
Como navalha funda e fria,
Nada dizer, só veio a morte,
Ver-lhe e falar-lhe com carinho,
Nada mais é possível.

Nada!

Antes de nós, o dia, sempre,
Morre esquecido entre as flores. 


Biografia:
-
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