Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
A não ser que seja de encontro à famosa goiabada
Sergio Ricardo Costa


                  É difícil ser um Romeu em meio à solidão,
Todo dia,
Numa perfeita tragédia, impossível
De evitar;

É quanto a ser minha verdade...

Mas, também...

A não ser que seja de encontro à famosa goiabada,
Será mais exato sentir,
Como parte,
Refazer
A história e ser fidedigno.

Pois, se existência,
É mais uma prova,
É quanto a minha solidão;
Compreendo:
Fingem um abismo — provável, afetado
Em meus sonhos...
Fingem euforia
E começo a acreditar
(No silêncio) em seus planos frágeis, cansados.

Mais fazendo sugestões, inúmeras vezes,
Por tudo que é o melhor,
E elegante mesmo...

Incorro em um mundo diferente,

Pois não há verdade ou amor disponível
Quanto mais ultrapasso
Meus pensamentos brilhantes,
Convincentes, respirando
Como um arauto atrasado:

Meu perfil de “João Ternura",

Incauto, notável teimosia
Em nascer direito,
Ou,
De vez —
Maltrapilho.

E sem nenhum
Improvável sonho de amor infinito em elegância
Demais para nós, é difícil, difícil
Caminhar:

É morrer, porque dói de encontro à folgada goiabada,

Minha língua e meu enganado e humilde coração,
Dois tropeços ardem por dentro a queimar, por teimosia
Ou um pouco menos coragem que isso,
Difícil teimosia, fácil errar com vontade inabalável,
A resposta está dispensada por pura honradez
Ou vontade,
Alguma vez mais pelo amor suficiente,

A quase olhar a casa inventada nos olhos

E ocultar as feridas muito polêmicas;
Sérias, mais que tantos cumprimentos;
Dívidas falsas, febris agitações;
A não ser que seja de encontro à famosa glória aguada,

O sabor não há,

Há é uma perfeita imitação
Saborosa, ainda que falsa, da lata enferrujada
Que chamamos, "nossa querida" amiga, irmã de fé,
Camarada fruta encantada, a goiaba já sem sonhos,
Já sem vida, como piada, a goiaba já sem cor,
Arranhando a louça dos dentes caninos, cerimônias
Caprichosas pouco malvadas não são tão incomuns,
Incluindo o nada, sabendo que logo têm certeza
                                                                    Imperfeita
Entre os meus dentes molares (entre os três
Que me restam), imóveis com suas paredes, buracos,
Incorrendo em toda verdade de quem,
Anterior em sentido, vive nos rumos errados dos malditos
Movimentos
Bruscos (em uma das mãos), não só porque
Tem de ser por isso mais uma atitude resistente,
Calculada
A aprender o pavor que frequentou
Por alguma sorte fortuita — e persiste esperando
Por alguma forma viver,
Diferentes dois não há
Sobre algum caminho... gelados:

E amar, melhor lembrança,
Sem olhar — a mais desonrosa — de tudo que vá ter,
Por algum sucesso de encontro à infame goiabada,
É difícil ser um Romeu em meio à solidão.



Biografia:
-
Número de vezes que este texto foi lido: 52841


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Procura um lugarzinho Sergio Ricardo Costa
Poesias Abro a janela Sergio Ricardo Costa
Poesias Olhe ao redor Sergio Ricardo Costa
Poesias Grande mundo fosse espera Sergio Ricardo Costa
Poesias Voamos lado a lado pelo céu Sergio Ricardo Costa
Poesias Tordesilhas de torpes ilhas Sergio Ricardo Costa
Poesias Por meio dos ferimentos das flores Sergio Ricardo Costa
Poesias Ruas e os galhos Sergio Ricardo Costa
Poesias Terminou Sergio Ricardo Costa
Poesias Por mil ruas andarei Sergio Ricardo Costa

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 21 até 30 de um total de 208.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
Desabafo - 54208 Visitas
O Senhor dos Sonhos - Sérgio Vale 54170 Visitas
Jornada pela falha - José Raphael Daher 54065 Visitas
Depressivo - PauloRockCesar 54063 Visitas
A menina e o desenho - 54043 Visitas
MENINA - 54009 Visitas
sei quem sou? - 53999 Visitas
Vivo com.. - 53997 Visitas
Cansei de modinha - Roberto Queiroz 53992 Visitas
eu sei quem sou - 53984 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última