Mas quem sabe se meu sol,
Se o que é meu seja só...
Ponto. E vírgula, para ter nó...
A mente insana que dá dó,
Fechando as rimas já para, já rimar só,
Batendo firme, nós no som que faz ó.
Pegando as asas, de quem não soube voar...
Tô dando língua, só pra quem se calar...
Tomando água, para depois te molhar,
Mudando as rimas para, para não pisotear,
Já tô no jota quando tinha que tá no agá.
Tô escrevendo para não me magoar...
Desmagoando é que eu posso é voar...
Voar para longe,
longe vou para qualquer lugar...
Não tendo luta, tendo mesmo é que largar...
Largando o mundo,
o mundo volta para o meu lugar,
Tem muita gente que só pensa em ganhar,
Perder é muito para quem já não quer lutar.
Morrer de amor,
mas não morrer de não amar...
Chorar um pouco para o seu peito encontrar...
Sorrir às vezes para a tristeza eu espantar...
Eu vou lutar e sei que sempre vou ganhar...
força e coragem para novamente lutar.
Vou dar fim para sem fim já não ficar...
Vou te agradar para nunca mais te ver chorar...
Vou encerrar, e outro já vou começar...
Cê leia todos, mas, se lembre de lembrar...
Que eu não fui feito, feito só para te amar...
Que eu fui feito mesmo,
mesmo débil, para rimar...
Você já sabe, e sabendo quer chorar...
Finalizando para a folha eu não molhar...
Estou te escrevendo para mesmo te falar...
Que na verdade a rima que me faz te amar...
E te amando é que eu vivo a negar...
E te negando é que fico sem rimar...
E vou ficando sem essa carta à ti, terminar...
Pois te negando vou ficando sem rimar...
Não rimando não consigo lhe entregar...
A carta que já fez meus olhos me molhar.
Vou terminando porque acabo de encontrar...
Novo motivo: o seu sorriso, pra rimar...
É muito lindo, mas, aqui não vou contar...
Meus dedos quebrariam,
as folhas se acabariam...
E ainda não conseguiria me expressar.
Até a frase que encerra aqui irá rimar...
Pois é a única que eu queria
na verdade te lembrar...
Escrevi essa extensa carta
só mesmo para te falar...
Eu te amo,
e pra sempre vou te amar.
|