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FICA EM CASA, SE PUDER. |
BENEDITO JOSÉ CARDOSO |
FICA EM CASA, SE PUDER.
Lembro com muita saudade
Daquele bailinho...
Que tínhamos que dançar.
Daquele comércio;
Das iguarias.
Daquele vendedor de balinhas;
Do vendedor de chope;
Do vendedor de Coco...
Das praças...
Das esquinas.
Do vendedor de pastel;
Da banca do João
Da dona Maria
Do Manoel
Da banca de jornal
Do cafezinho
Da madrugada
Da feira da 25
Da feira do ver-o-peso
Do arraial..
Do puteiro
Da rua riachuelo
Das praias de outeiro
Cotijuba...vai quem quer...
Mosqueiro
E salinas...
Alter
Do chão proibido de pisar
Do frango da Duque
Da feira do telégrafo
Do artesanato
Dos atos
Do Arnesto
Tentando ser esperto
Cerrando às portas
Dos decretos
Pra ver a banda passar
Do fica em casa.
Se puder
Da violência escancarada
Do estado de sítio
Num ritmo
Jamais visto
Pois é...
Do cerceamento
Impositivo
Do ir e vir
Do seus direitos...
Ninguém imaginava....
É
Mas hoje,
Vêm batendo
À sua porta.
Te chamando eleitor.
Não
Importa não.
É chegada a hora;
Refrescar a memória...
Relembrar
É dizer não...
Dê
Um basta
Mostre a sua arma
Agora.
José
João
Maria...
Não esqueça não
É a nova eleição.
A hora é essa;
Quem diria.
Com seu título na mão
Vamos inverter a história.
Dar o troco àqueles que um dia nos fizeram reféns da tirania...do poder.
Pelo poder.
Mostrar que temos vergonha na cara
Que temos valor...
Afinal.
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Biografia: "As obras do artista só têm valor, quando consegue atingir a sensibilidade daqueles que entendem" |
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