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O que pensava que era um sorriso
Sergio Ricardo Costa



                                                       Era só cirrose
E isto é o melhor do que faz o sal no coração
Eventual hiperdose de doce,     
                                                    Outra interferência
Publicitária global com que a sua velha natureza
Embaraçosa (ao lado de cada pérola) que o torna
Indispensável
                           Diante de quem suspira a semelhança,
E é ofensiva e lunática
A sua vida tristemente
Desamparada, que busca,
No fundo,
Próxima a si.

Essa pessoa que esconde no plano lasso, desdenhando,
Outra pessoa perdida,
                                        Que nem lhe deu a incerteza
Da desventura:
                             Havia em termos bem organizados
A semelhança das horas e tudo e todos tristemente
Desamparados.

Sucedem,
                    Ocorrem fáceis estudantes
Da novidade do mundo,
                                             Formando neste pensamento
A realidade amável dos seres,
                                                             Pois a existência
É explicada segundo os bons amigos, mais capazes
De escolher cada poucos segundos cheios de esperança.

E o que pensava (que era esperança) era nada:
Dentro
Do que nem possa sentir respeitado ou valha a pena,
                                                                                                Desde
Que se consiga correr de joelhos mais que o movimento;
Desde que saia de si o sorriso e, após,
                                                                      A confissão
Do que pensava que era um sorriso e era só um pouco
Da sua escolha sincera e, por isso, pura heresia,
É que o possa chamar forasteiro e não com que chamava
De verdadeiro o instante infeliz,
                                                           Feliz continuará
O que nem pedem,
                                    Porém, acreditem, cega confiança
Devastadora,
No fundo da vida o fato é complexa tapeçaria,
Enfim,
             Que havemos sobre o infinito
De confiar-lhes os passos e nada mais civilizado;
Ou deveria pensar em fazê-lo,
                                                       Mesmo se a verdade
Demasiado pequena,
Tivesse toda a segurança
Que não pressente.

Esquece-a tão logo tenta um movimento
Atormentado sentindo terror crescente, determina
Evolução negativa e cenários cheios de loucura
Em alusão ao que digam, o tempo certo está perdido
E, no entanto, acredita em sua vida suburbana
Sem interesse.

E então um começo é interminável,
Ao entreter os seus olhos com suas fotos formidáveis.

Há o melhor que consegue, por entre ânsias prometer
(Sem insistir) com algum otimismo.

Há um equilíbrio
Indiferente e amargo e mais fácil, há o que se chama
Conhecimento de causa, há muitas ilhas de degredo
No que pensava que era um sorriso — e era — uma rosa
Despetalada, mantendo-se sério.

Pois já não mais vale,
Despreparado, buscar, encantado, o fundo do oceano
(E isto é o melhor do que faz o sal no coração,
Despedaçado), a mudar de ideia, como se possível
A esperança bizarra sair perdendo.

E sua crença,
Eventual hiperdose de doce, outra interferência
Se intensifica, hipérbole muitas vezes rastreada
Na latitude pacífica, velha estrela, a pior delas,
Publicitária, global quanto à sua velha natureza
Imponderável a dar precipício e dor à conclusão
De que se inunda a palavra enquanto espera a gargalhada
Embaraçosa ao lado de cada pérola que o torna
Obsoleto e daí para ser um alvo necessário
Para fazer pontaria obtusa, sem que a despedida,
Indispensável diante de quem suspira a semelhança
Despicienda, sorri o sorriso só e infinito
E os tormentos de tudo, feliz ou não:

Quase um sorriso
E é ofensiva e lunática
A sua vida tristemente,

E enquanto perde esta luta,
Parabéns a mim (que é preciso estar) ...


Biografia:
-
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