Verdadeiramente
A mentira...
Mas a cor doeu, tão
Mentirosamente —
Que a verdade se afastou, constrangida —
Do dia.
E aos poucos, como estrela no horizonte
Aceitou, convicta,
Muitas sombras beneficiárias
Do meu velho sentimento de mundo:
Era um triste dia (ou era a noite)
O que se acomodou de maneira
Clara e simples
Entre uns dez tijolos magros,
Afetando decisões das verdades, que afirmo,
Feitas de ar no vento da madrugada,
Sigo e quando sigo,
Vejo em parte o mesmo mundo óbvio.
E, afinal, dentro de tantas arestas,
Estou convicto da loucura,
A desconcertada
Vocação ausente em minha face,
Só.
E feito sábio
— Que adivinha, —
Entrelaço meus dedos
Com ânsia e quase certeza
(Ou trêmulo desconforto),
Para sempre juntos,
Cor e homem.
Cor e ser ocorrem
Paralelos, miserável o homem
Avesso em seus miseráveis átomos, couro e homem
— Conhecer-lhe a face dura, o próprio ser, a própria vida,
Curiosos ou não tantos tropeços,
A cor do eu discorda mais que significa
Conseguir saber algum momento,
Não tem frases boas,
Só diz nomes incompletos
E cinzas
Por uma dívida fixa dentro do que não passa.
Tem de ser, por tudo e porque amigos tinham frases feitas,
Expressando muito pobres cuidados.
Melhor dizendo da vida, deve instintivamente
Atiçar os cães e crer ao mesmo tempo que o mundo
Inconstante exigirá confiança
De novo,
E a nada invisível asa com que sustenta
Incessantes voos.
Conhece pausas, muda o rumo útil
Do país imaginário, morrendo
No homem toda virtude.
Antes de assombrosos
Acidentes já passados,
Pousa sobre ramos leves
Feito pássaro comendo frutos
Atento:
Eu,
Atento, consisto em ser coberto de flores,
Assim desde um tempo
Desde o outono,
Desde as trevas,
Fácil de encontrar,
Constantemente não visto.
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