A SENHORA DE PRETO |
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orivaldo grandizoli |
Resumo: ,,, |
Toda vez que passo
ela lá está
estendendo os braços
querendo me abraçar...
Eu
que sou fugitivo de mim mesmo
passo ao largo na outra calçada
que parece que vivo à esmo
levado pela enxurrada...
Ela ri e me convida
e eu agradeço e sigo só
maior que o prato de comida
só a vida que levo em dó...
Certa feita bateu à minha porta
e perguntou se podia entrar
eu lhe disse que minha aorta
era feita pra só amar...
Não me zango e nem me preocupo
com as investidas a qualquer hora
rezo um cadinho e depois me entupo
com delicioso sorvete de amora...
Um dia quem sabe sei que ela virá
como uma doce e mansa e sinuosa brisa
viajando pelos túneis que há no ar
e eu serei dela como da tinta a poesia
e iremos pelos confins a viajar...
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Biografia: Se a palavra vem da boca
nasci quando a genealidade marcou touca
e me pôs para cantar em voz rouca...
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