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Débora sentia suas pernas tremerem e seu corpo suar frio, os homens a encaravam com um olhar perverso e amedrontador, Débora sentia as lágrimas de pavor começarem a descer por seu belo rosto alvo, até que um dos homens se aproximou de seu rosto o suficiente para que ela sentisse o seu hálito batendo contra sua face.
-Sujeito 1: Hehe.. Pelo visto a mocinha estava um tanto despreparada para isso, é melhor que seja uma boa menina e colabore conosco.
Débora sentiu a mão do homem que a segurava dirigir-se á seu seio e apertá-lo enquanto sussurrava baixarias em seu ouvido, um dos outros homens posicionou-se á sua frente segurando seus quadris e começando a levantar sua saia.
-Débora: Por favor, peguem o que quiserem na minha bolsa, eu prometo não ligar para a policia, mas por fav..
Um dos homens tampou sua boca fortemente e falou próximo á seu pescoço:- Você não entendeu não é? Nós não queremos roubá-la..-Disse isso e soltou uma risada macabra que fez Débora entrar em puro desespero, tentava se soltar mas o homem a segurava mais forte ainda, não conseguia gritar devido a mão em sua boca a sufocando.
Assim que um dos homens começou a desabotoar sua blusa, um som forte de buzina soou e eles avistaram uma bela Nissan preta indo rapidamente em suas direções, os homens rapidamente jogaram Débora no chão e se afastaram, Débora se levantou rapidamente com certa dificuldade e aproximou-se do carro, a porta do passageiro se abriu e um braço forte a puxou para dentro e o carro acelerou rapidamente para longe do local.
Débora tremia muito e olhava fixamente para baixo até que ouvia a familiar voz que escutava todos os dias: -Parece que você quase se ferrou ,hein?!- Débora dirigiu seus olhos para cima e encarou os gélidos olhos azuis acompanhados do sorriso sarcástico de Andy, ela sentiu uma mistura de raiva e alivio juntos, não queria fraquejar na frente dele mas o estado em que ela se encontrava não lhe permitia tal calma.
-Débora: O-obrigada.. por salvar minha vida..-Débora esforçava-se em vão para segurar as lágrimas que desciam teimosamente pelo seu rosto.
-Andy: Não precisa se preocupar com isso, mas você teve sorte, eu havia esquecido minha carteira no escritório e precisei retornar. - Falou calmamente enquanto olhava fixamente para onde dirigia. - Onde você mora? Deixarei você em sua casa, provavelmente não irá querer voltar para algum ponto de ônibus!
Débora não queria a carona de Andy mas ela ainda estava muito nervosa e com medo.
-Débora: Eu.. eu moro próxima á praça das flores da zona norte.
-Andy: Hum, mesmo? Eu moro bem depois na zona sul, mas pelo menos é pelo mesmo caminho, já chegamos lá.
Andy pegou uma garrafa de água que havia no carro e a entregou para Débora.
-Andy: Vai ajudar a se acalmar!
-Débora: Obrigada..
Alguns minutos depois ela indicou o prédio cinza e escuro em que morava para Andy, ele parou em frente ao edifício e ficou o observando, Débora percebeu seu estranhamento e resolveu entrar.
-Débora: Bom, muito obrigada mesmo por me salvar e por me trazer aqui... eu agradeço de verdade.
-Andy: Está tudo bem, precisa que eu a acompanhe até seu apartamento?
-Débora: Não, você já me fez um grande favor hoje, não quero dar trabalho.
-Andy: Está certo, então tenha uma boa noite, nos vemos no escritório amanhã!
-Débora: Sim, boa noite.
Ele voltou para seu carro e acelerou rapidamente afastando-se enquanto Débora o observava desaparecer, ela sentia-se estranhamente feliz por ele tê-la salvado, embora o tendo como um perseguidor severo no trabalho, ela sentiu que algo novo despertou aquela noite.
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