Finalmente o relógio marcava 17:00, hora de ir para casa finalmente, Débora preparou-se como sempre para pegar seu ônibus de volta para casa mas foi impedida por uma voz mais que familiar, Andy a olhava com o olhar gélido de sempre.
-Débora: ''O que será que esse cretino quer dessa vez?'' -Débora esbravejou para si mesma em seus pensamentos enquanto se virava tediosamente para encará-lo.
-Andy: Já estava de saída?
-Débora: Sim, já acabou meu turno chefinho! - Disse ela entredentes fazendo Andy dar um leve sorriso de canto.
-Andy: Pois devo informá-la que infelizmente a minha faxineira faltou hoje e como você ainda está aí quero que limpe a minha sala antes de sair!
-Débora: Desculpe, isso não é trabalho meu.
-Andy: Eu sou seu chefe e eu lhe digo qual o seu trabalho!
-Débora: Mas...
-Andy: Sem ''mas''! Os produtos e materiais de limpeza estão no banheiro da minha sala, pode começar agora mesmo.
-Débora: Assim irei perder meu ônibus para casa!
-Andy: Então sugiro que comece logo. - Dizendo isso Andy pegou seu paletó e saiu em rumo ao elevador. Débora sentia vontade de chorar, não entendia o por quê de Andy mandar justo ela fazer trabalho extra já que ele sabia que ela dependia do ônibus para retornar para casa. Dirigiu-se em direção á sala dele e começou a limpá-la.
O local de trabalho estava silencioso e assustador para Débora, ela olhou as horas e seu relógio marcava 18:30, o tempo estava chuvoso e frio e a rua parecia bem escura e perigosa, ela terminou de trancar todas as salas e desligar todas as luzes, fechou bem seu terninho de trabalho que se encaixava perfeitamente em suas belas curvas e tentou se aquecer um pouco do ar frio que soprava na rua escura, olhou para os lados e nenhum sinal de ônibus algum, caminhou até a parada de ônibus e leu os horários das viagens: ''17:00; 20:00; 23:00''. Débora olhou as horas no celular e já eram 17:00, resolveu sentar no banco e esperar pelo ônibus das 20 horas, o local parecia deserto e frio, ela tentou de distrair do medo que começava a invadir com seus fones de ouvido até que avistou de longe três rapazes vestidos de preto se aproximando.
-Débora: ''Não deve ser nada, apenas jovens andando pela rua'' - Tentou pensar positivo sobre os três homens que pareciam ir diretamente á seu encontro.
Ela tentou forçar a visão para ver seus rostos mas eles pareciam estar mascarados, assim que eles se posicionaram do outro lado da avenida em frente á ela, ela sentiu um calafrio percorrer todo o seu corpo, tinha certeza que eles iriam assaltá-la e machucá-la, levantou-se pronta para correr mas seu salto foi direto á uma fenda no asfalto a fazendo cair e machucar um dos joelhos. Assim que levantou os olhos um dos rapazes empunhava uma faca em sua direção, ela tremia e seus pensamentos estavam bagunçados e velozes em sua cabeça, sentiu uma mão por trás de forma forte e violenta a erguendo, ela estava cercada pelos três homens que davam gargalhadas enquanto pegavam no corpo da jovem de forma insana, Débora tentava se soltar mas o medo a impedia de fugir, tinha medo de sentir dor e tinha medo de morrer.
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