Tudo o que sei
É o que sou perante os outros
Pois, perante a mim mesmo
Sou mais um.
O mesmo seria se fossemos um só
E, sozinho não sou ninguém.
Tudo que acredito
É o que me foi passado durante o tempo
No tempo, permeio o que me convém, não?
São clarezas incertas e duvidas sagazes
Pólipos metamórfico, proteínas agentes,
Adenina – Timina, membrana lipoproteica.
Mas ainda continuo não sabendo
Quem eu sou.
Tudo que me faz rir
É o que no intimo do pensamento
Me provoca o choro.
O riso nada mais é do que a versão contraditória
Da tristeza
Que em si só, é o que desejamos
Tudo que me traz duvida
É o meu alicerce da confiança
Que acredito ser o correto
Não a verdade!
Digna de ser questionada
Proscrita em contestação
Tudo que amei ( e amo)
É o que me desperta algum sentimento
Não sendo este um mero prazer agradável
Pois a dor corresponde, talvez, a sensação mais
Estranhamente desejada que sonhamos sentir.
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