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Jesus Animando Discípulos – Parte 1 – João 16
Silvio Dutra

“1 Tenho vos dito estas coisas para que vos não escandalizeis.
2 Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.
3 E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim.
4 Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito. E eu não vos disse isto desde o princípio, porque estava convosco.
5 E agora vou para aquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais?
6 Antes, porque isto vos tenho dito, o vosso coração se encheu de tristeza.
7 Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.
8 E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.
9 Do pecado, porque não crêem em mim;
10 Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;
11 E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.
12 Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
13 Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.
14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.
15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.” (João 16.1-15)

Antes de fazer a oração intercessória do capítulo seguinte (cap 17), depois da qual se dirigiu para o jardim do Getsemâni, Jesus fez estas advertências finais aos discípulos, para que entendessem que as perseguições contra o evangelho não cessariam, ao contrário, elas se intensificariam muito, e eles deveriam ser pacientes e perseverantes debaixo das aflições que sofreriam.   
A história dos mártires, especialmente da Igreja Primitiva, nos primeiros trezentos anos da história da Igreja bem comprova a exatidão desta profecia de Jesus.
Muitos cristãos foram mortos pelos judeus, especialmente nos primeiros anos de existência da Igreja, e eles pensavam que estavam de fato fazendo um serviço para Deus, uma vez que consideravam o cristianismo como sendo uma perigosa heresia que visava destruir o judaísmo.
O Senhor alertou os discípulos; e o alerta que lhes foi dirigido se aplica aos cristãos de todas as épocas, para que não fiquem escandalizados com o fato de receberem por vezes o mal, como paga de todo o bem que fizerem às pessoas.
Apesar de o evangelho ter sido pregado no princípio nas sinagogas espalhadas por todo o mundo conhecido de então, assim que era detectado pelos judeus que era o nome de Jesus que estava sendo pregado; eles se levantavam em dura oposição e perseguição aos cristãos, a ponto de o apóstolo Paulo ter decidido pregar somente aos gentios, em face das duras perseguições que estava sofrendo da parte dos judeus.
Assim, todos os judeus que se convertiam ao cristianismo eram expulsos das sinagogas, e isto foi mais agravado na região da Judéia, especialmente em Jerusalém, por causa da influência dos sacerdotes, fariseus e escribas que se concentravam naquela região.
Jesus havia alertado os discípulos quanto a tudo isto, para que, quando acontecesse, eles não desistissem de pregar o evangelho em razão das perseguições que eles sofreriam (v. 4).
Os discípulos de Jesus não devem ficar ofendidos com a cruz.
A ofensa da cruz é uma tentação perigosa até mesmo para cristãos espirituais, porque poderão ser tentados a recuar na fé ou na obra de evangelização quando perceberem as fortes oposições que recebem da parte do mundo espiritual, capitaneadas pelo diabo.
Tempos de sofrimento são tempos de tentação.
O sofrimento é uma constante na vida daqueles que estão empenhados numa obra que seja verdadeiramente de Deus.
“Não temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Apo 2.10).
O Senhor percebeu que em vez de ficarem estimulados, os discípulos se encheram de tristeza ao ouvirem as suas palavras, especialmente o fato de lhes ter dito que se retiraria deles para ir para junto do Pai.
Em vez de tristeza, isto deveria ser um motivo de grande alegria, porque se Ele não fosse para o Pai, o Espírito Santo não poderia ser derramado.
Se o Espírito não fosse derramado eles não teriam o poder espiritual necessário para cumprirem o ministério que havia sido designado a eles por Deus.
Eles deveriam ver o céu azul do outro lado da nuvem escura que sempre os acompanharia.
Jesus disse que iria voltar para o seio do Pai, e eles não manifestaram interesse em perguntar-lhe o motivo desta ida, e as coisas maravilhosas que diziam respeito a eles e que lhes seriam concedidas com a Sua partida para ser glorificado no céu, sendo a principal delas, o envio do Espírito Santo para ser um Consolador, amoroso, paciente e persistente em ajudá-los em suas fraquezas, bem como no aperfeiçoamento espiritual para estarem também habilitados para habitarem no mesmo céu para o qual Jesus estaria indo, depois de morrer na cruz e ressuscitar.
Seria o Espírito Santo, e não propriamente eles quem convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo.
O convencimento do pecado não consiste tanto na convicção das pessoas quanto às coisas erradas que elas pensam, falam e praticam, mas que o pecado prevalece onde não há a fé justificadora de Jesus.
A condição de incredulidade, de não se crer no Senhor para a salvação, é o problema básico do pecado, porque Deus está se revelando na dispensação do Espírito Santo, que é a da graça, longânimo para com todos os pecadores, estando disposto a perdoar-lhes todas as suas iniquidades e transgressões (Jer 31.31-35), tão somente por se unirem a Cristo pela fé.
A vida do próprio Cristo os purificará e santificará completamente, de maneira que sejam achados na glória, santos, perfeitos e inculpáveis.
O Espírito não somente convence o mundo revelando aos homens que eles são pecadores, como também convence o mundo de que Cristo é justo, e que somente Ele pode ser a nossa justiça diante de Deus, o que se comprova no fato dEle ter voltado para o seio do Pai em glória.
É o Espírito que nos dá este testemunho da justiça que há em Cristo; justiça esta que Ele tornou disponível para nós justificando-nos dos nossos pecados, quando nos arrependemos e cremos nEle.
A presença do Espírito no mundo tem desfeito as obras do diabo, por causa da sentença de despojamento que Ele recebeu da parte de Deus quando Cristo morreu na cruz.
As muitas coisas que Jesus tinha a dizer aos discípulos, especialmente aquelas relativas às particularidades deste trabalho do Espírito de convencimento do pecado, da justiça e do juízo, foram deixadas por Ele para serem ensinadas pelo próprio Espírito aos discípulos; porque, afinal o Espírito não falaria de si mesmo, e nem traria uma nova doutrina, senão para dar seguimento à missão de Cristo através dos cristãos.


Biografia:
Servo de Deus, que tendo sido curado, pela graça de Jesus, de um infarto do miocárdio e de um câncer intestinal, tem se dedicado também a divulgar todo o material que produziu ao longo dos 43 anos do seu ministério, que sempre realizou para a exclusiva glória de Deus, sem qualquer interesse comercial ou financeiro. Há alguns anos atrás, falou-me o Senhor numa visão que eu fosse ter com os puritanos e com Martyn LLoyd Jones. Exatamente com estas palavras. Por incrível que possa parecer, até então, nunca havia ouvido falar sobre os puritanos e LLoyd Jones. Mais tarde, fui impelido pelo Senhor a divulgar todo o material que havia produzido como fruto do referido estudo. Você pode ler e baixar estas mensagens nos meus seguintes blogs e site: http://livrosbiblia.blogspot.com.br/ Comentário dos livros do Velho Testamento https://www.legadopuritano.com/ https://spurgeonepuritanos.net/ https://jenyffercarrandier.wixsite.com
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