De mim tão perto Senhor, sinto-vos tão perto,
Amparando-me no caminho, docemente,
Na imensidão sem fim do meu deserto,
Que vivo ainda, dia a dia, tristemente ...
Percorro esse caminho, espinhoso e incerto,
Cansado o caminhei, humildemente,
Senhor que só de ti me vem o que é correcto,
Peço luz e peço vida, peço paz p'ro meu presente.
Senhor! Senhor! Minh'Alma só conhece
A liberdade na "prisão" dos vossos braços!
Em tuas mãos m'entrego abandonado,
Pois quem te esquece nesta vida
Terá seu corpo, sua Alma atingida
Como a tem um triste e pobre condenado!
P.S/ Poema escrito diante do Senhor Jesus dos Passos da Capela dos Ossos em Évora.
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