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Não há dúvida do mundo
Sergio Ricardo Costa




                                               Ela desce com o mundo
Agarrado a um dos braços.

Contra a dor invencível,
Arvoredos adivinham-lhe as faces livres por fora
Da coragem de perder-se
                                               E então ela sorri...

Pois se perdeu da vontade de viver com seus sonhos:
Um país impregnado de invejas e mortes,
Simplesmente maltrapilhas e a visão?
Impossível.

Duvidar do que lhe pede o coração à cidade,
Ou que contemple calendários de cordinhas e os dias
Que complicam e as flores e os arbustos das ruas
E os galhos escolhidos,
Totalmente maiores
Que o esperado da fortuna.

                                                  Redimindo-se a salvo,
Mas não sem compreensão,
Por não ceder o espaço,
Apesar da primavera, nua, ou mesmo seus dias
De amanhã,
Aventureira desde sua certeza,
Não há dúvida de nada.

Nem há dúvida nenhuma,
Quanto mais que se tenha
De dispor, não acredita, é difícil sorrir,
Que sorria,
Destroçada e só,
Não toca jamais a certeza
De abrir o ar,
Sair de mil mundos,
Tendo a paz e cavalheiros loucos:

Não se assustar, se, em vão,
Estender as mãos cobertas de terra,
A acudir três camaradas sujos, maus, sem moral.

Infinita em elegância
E lentamente a estrada
Diz seu nome —
Terezinha — em versos bárbaros,
Bela por galharda vestimenta, dá a mão esquelética e flácida,
Inteiros frutos grandes demais,
Geométricos,
Inteira, aponta como defunta,
Humilhada ou irritada, sabe como é difícil
Que se tenha de dispor,
Abate-se como esquecida.

Tão sem dúvida esquecida...
E outra vez majestosa
(E circunspecta), inumana qual fumaça no ar,
Não se fia a exigir, de modo algum,
Transparência:
Não diante da visão da nave feita de tábuas
Penduradas sobre o chão.

Ao mundo, linda morena!
Não há dúvida nenhuma,
Ela desce ao mundo
Carregando em um dos braços toda dor invejável,
Submundos indicados
Para uma só fé sufocante de viver que o viva por entender
De mistérios,
Terezinha, já aqui
Cadavérica e frágil ao convívio para a vida,
Semente
Que se perde (subversiva),
Já morreu de indigente,
Sem notar, estenderá seus dias:
Mal esquivasse
Do primeiro que chegou fiel honrando a família,
Se o filho igualmente habita seu coração
Tumular,
Com qual se trama um novo céu impossível,
Duvidar sequer duvida desse número fora
Do alcance cordial ainda,
Mais do que mera
Fantasia, que, mulher, provoque o pânico e entes [esses]
Enlouqueçam ao notar a sua vinda das mortes.

Indizível ao perfeito dia, — sim! Respondeu
Com sorriso que não há,
Ossinhos moles nos dentes
Ao segundo que transcende à própria, a própria imagem:
Há o espelho decomposto ultrapassando até mesmo
A idade e esquecendo quantos métodos fáceis,
Desdenhando que o terceiro seja aquele que voa
(E a deixou cair, da outra vez, ingênua, do ar) ...
Não mais dúvidas no mundo agora,
Corre e o abraça.

Impossível duvidar da bossa desta mulher
Carioca e o...

Peruzão!

Que ainda exibe, sem dúvida,
A esfregar na nossa cara;
Muito tempo sem ética,
Apesar de gargalhar de nós,
Românticos, mesmo que morrêssemos à espera, para sempre sozinhos,
No domingo de manhã.

Brincar de roda,
Brincar
De João e de Maria...

E ai! [A lenda da mulher de quatro metros de altura? ] A bruxa bebe
Já (!)
O sangue de toda criatura e
Dos que estão vivos por curto tempo sob seus pés
(É o dragão luciferino),
Espirra sangue dos dentes
De leão a devorar,
Revela sangue nos olhos,
De vampiro;
Veio a fim de que morrêssemos disto
Que procura por maldade em nosso sangue;
Cobertos
Por mortalhas,
Nossas mãos imploram rápida a morte.

O primeiro devorou! Veio outro mais? Mastigou-o.

De um terceiro já arrancava as mãos com raiva; foi quando...
Zás! Seu corpo desabou.

Cabeça ao chão, a surpresa:
Havia um quarto e inesperado homem (louco),

Eu!

Machado
Entre as mãos, que conseguiu matar de vez o dragão,
O demônio,
A infeliz serpente imunda,
O estrupício.


Biografia:
-
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