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Jacareína
Este é um conto que promove a educação ambiental infantil.
ROZILDA EUZEBIO COSTA

Dois amigos resolveram sair para uma caça numa pequena floresta que ficava numa região próxima de onde moravam. Prepararam tudo e partiram ao entardecer.


Logo que chegaram ao local programado, perto de um riacho, cuidaram de armar suas barracas e preparar suas tralhas para a caçada noturna. A noite estava linda, com uma lua imensa e brilhante no céu. As estrelas cintilavam na imensidão do universo, enfeitando-o com realeza.

Ao terminar de montar as barracas, os dois amigos foram preparar algumas armadilhas para pegar algum animal que passasse por ali.

O silêncio fora rompido por um cântico que ecoava noite adentro, e que lhes deixara arrepiados de medo, seus cabelos eriçaram e um pavor lhes tomou conta da mente. Como poderia alguém cantar daquela forma numa floresta solitária?! Seria alguma assombração?! - Pensou um deles, enquanto olhava para o amigo com os olhos arregalados.

- Você ouviu? Ouviu isso?

- Psiu! Silêncio! Ouça!

Os dois permaneceram em silêncio por mais alguns segundos ouvindo o canto, que parecia se aproximar.

“♫♭♪ Sou um jacaré e vivo na floresta,
E a minha vida é uma festa - táaa.
Durmo o dia todo, brinco durante a noite,
E em caçadores dou os meus a-çoi-tes... La la ra la la ra...♬♪♫”

E o canto foi se aproximando... Se aproximando...

- Minha nossa, isso é um fantasma! - disse um deles já querendo ir embora. E o som se aproximando cada vez mais.

De repente... Silêncio total. Nenhum som se ouvia mais. Nem mesmo os grilos cricrilavam.

Um dos caçadores então disse ao outro:

- Foi embora, Graças a Deus! E nós também vamos. Pegue suas coisas, rápido!

- Mas, se o fantasma foi embora, então a gente não precisa ir! E se isso tiver sido apenas coisa da nossa imaginação?! Talvez fosse porque estávamos com medo! – disse o outro caçador ao amigo.

Enquanto isso, algo, ou alguém se aproximava deles por entre os pequenos arbustos.

- Muito bonito hein! Querendo caçar meus amigos! – disse a voz em alto e bom tom.

Os dois viraram de repente e um deles focou com a luz da lanterna na direção da voz e deparou-se com um grande jacaré.

- O que é isso?! Um Jacaré falando?! Socorro! Vamos correr!

- Ha ha ha... Seus medrosos! E eu não sou um jacaré, sou ela, entendeu, ela! Meu nome é Jacareína.

- Você fala? Como gente? Isso não pode ser desse mundo!

- O que há de errado no meu falar? Vocês humanos tem cada uma viu! Quem disse que bicho não fala? Bicho fala sim!

Os dois caçadores, pasmados, não conseguiam falar mais nada, ficaram extremamente admirados com Jacareína. Ela continuou falando:

- Então, seus malvados, vão embora daqui! Os meus amigos animais querem viver. Vamos! Vou dar umas rabanadas em vocês, se não forem embora.

E os dois caçadores começaram a correr. E correram tanto que até largaram suas tralhas para traz. Não tiveram nem mesmo a lembrança das coisas que haviam trazido para a caçada.

***
Aqueles homens aprenderam que não se deve caçar os animais da floresta para matar, usando a desculpa de que, a caça é um esporte, porque não é! Esporte é vida. O esporte não mata, e não tira vidas. Matar animais indefesos apenas por diversão é uma maldade muito grande. É preciso preservar a vida e a natureza, porque a natureza gera vida.


Biografia:
Biografia ROZILDA EUZEBIO COSTA, nascida em 30 de setembro de 1969, natural da cidade de Araguaína – Tocantins BR, é escritora, poetisa, contista, pintora e desenhista autodidata. Autora das obras (romances), "Lágrimas Cristalinas" e "A Musa e o Poeta", publicados pela Editora Veloso, Gurupi-TO. Atualmente, colaboradora na Faculdade Católica Dom Orione (Araguaína-TO), trabalhando como Assistente de Coordenação do NEIC (Núcleo de Extensão e Iniciação Científica) e do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Autora das obras (publicação em formato e-book), "O Diário de Lia", "Despertando com os Pássaros", "Lucius", "Três Teresas", "Sandoval e Margarete (Um celular entre nós)", "O homem com um bigode na bochecha", "Um Cão apaixonado", "Por los Caminos, Flores y Espinas (coletânea de mensagens em espanhol)", "Bulindo com a mulher do próximo", "A Mulher do Texas" e "Do lixo ao glamour". Autora do e-book "Historinhas de Mãe Natureza", livro que traz uma coletânea de contos infantis de preservação do meio ambiente, enfatizando a importância do cuidado com a natureza. Autora das poesias "Cenários Sociais", e "Poema da Administração", ambas com índices bastante satisfatórios nas buscas para trabalhos escolares, e com grande destaque em trabalhos acadêmicos. Participação no Anuário de Poetas e Escritores do Estado de Tocantins, idealizado e lançado pela Editora Veloso, com iniciativa do escritor tocantinense, Eliosmar Veloso, Edições 2011, 2016 e 2019. Participação na Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea, "Além da Terra, Além do Céu", lançamento da Chiado Editora, Edições 2017 e 2018.
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