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A TECNOLOGIA DEPOIS DE AMANHÃ
DIRCEU DETROZ

Faz pouco tempo que a internet chamou minha atenção para dois best-sellers mundiais. “Sapiens: Uma breve história da humanidade”, e “Homo Deus: Uma breve história do amanhã”.

As duas obras foram escritas pelo professor de História, o israelense Yuval Noah Harari. A leitura de ambas será minha próxima empreitada depois que terminar de saborear “O Velho e o Mar” de Ernest Hemingway. Principalmente depois de ler seu relato a BBC no UOL. O que o velho Santiago diria do mundo futuro de Yuval Harari?

Yuval Harari tenta responder sua própria pergunta. Se os avanços em tecnologia, genética e inteligência artificial podem transformar a desigualdade econômica em desigualdade biológica? Seu longo relato pinta um mundo futuro tecnologicamente pouco atraente e assustador. No momento, todos somos cobaias.

Yuval começa narrando que a desigualdade existe “há no mínimo 30 mil anos”. Com a ascensão de ideologias como humanismo, liberalismo e socialismo, a igualdade adquiriu um “valor dominante”. O que não impediu de as tecnologias dominarem as ideologias.

A elite precisou de pessoas saudáveis para soldados, ou trabalhando na produção em fábricas. Yuval foi feliz cunhando uma frase que continua atualíssima: “Os governos não forneciam educação e vacinação porque eram bondosos. Eles precisavam de massas saudáveis”.

Agora os exércitos usam mais tecnologia e menos soldados. As fábricas menos empregados e mais automação. As “massas de saudáveis” foram perdendo espaço, e aumentando a desigualdade. Exatamente a nossa época atual.

É neste ponto que Yuval começa a pintar o futuro de negro com a ajuda da tecnologia. Ele enxerga a possibilidade e eu concordo, de a desigualdade econômica ser engolida pela desigualdade biológica.

Imaginem quando os ricos como diz Yuval, conseguirem alterar pelo DNA sua estrutura biológica. Serão mais inteligentes e saudáveis. Viverão mais. E pior. Controlarão todos os algoritmos. Desde os transportes que daqui há trinta anos viajarão sem motoristas, até medicamentos e alimentos. Quem sabe, com o poder de decidir quem deve viver ou morrer. Um novo Holocausto com novas tecnologias biológicas. Essas duas últimas pinceladas na pintura, foram intromissões minhas. Yuval não chegou a tanto.

Na visão de Yuval a tecnologia criará uma “massa de inúteis dependente da bondade de uma pequena elite, que também não estará totalmente salva. A explicação de Yuval apesar de assustadora é simples. “Quando a inteligência artificial for mais inteligente que nós, toda a humanidade poderá se tornar inútil”. E descartável.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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