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Texto selecionado
Statues don't cry |
Sandro Kretus |
Você não pode ir contra tudo aquilo que aprendeu
Não pode usar essas grades para separar nossos mundos
As linhas de Chartier não poderiam sair dos trilhos do trem
As estatuas de bronze não mentem quando nada mais resta
O sistema coloca suas rédias curtas nas mulas
E cada pirâmide que cai, uma outra desmorona
Um grito só é um grito quando ensurdece
Talvez por isso os charutos cubanos só fizessem fumaça
É como ler um livro vermelho sem ter mãos para folhar as paginas
E sem linguá para debater as palavras
Isso parece meio confusio, mas incrivelmente, as vezes funciona
Talvez seja por isso que Atlas esteja ficando com os olhos puxados
A supremacia
O prêmio mais desejado pelos jogadores do poder
O poder absoluto
Já queimaram livros, bandeiras, até gente, em nome do poder
Mesmo sem ter liberdade é bom se sentir poderoso.
Mentes vazias não podem pensar
Talvez por isso a hipocrisia se fortaleça cada vez mais
Os covardes estão escondidos, os heróis viraram apenas um rótulo
É impossível fazer alguma coisa de braços cruzados
Viva os entusiastas
É preciso corta-lhes a linguá para que não falem, é preciso corta-lhes as mãos
Para que não escrevam, é preciso cegarem-lhes os olhos para que não vejam
E nem mesmo assim, poderão calar sua voz, pois ainda terão forças para gritar
E você quer ir contra tudo isso
Tudo o que aprendeu quando seus olhos abriram pela primeira vez
Talvez seja por isso que o black horse está tão distante de você
Você abandonou seus ideais, e achou mais comodo ficar na frente da tv
Quando ouvíamos U2, mesmo não sendo irlandeses, você acreditava
Que poderíamos mudar as coisas
Quando expulsamos o falso rei do poder, você estava lá, com a cara pintada
Onde está você agora?
Porque não ouço mais sua voz
Juntos poderíamos melhorar as coisas
Uma voz se torna poderosa quando ecoa
Mas você não que mais saber disso
Prefere ficar esperando o cogumelo gigante fazer a limpa
Quem sabe uma nova gripe espanhola resolveria o problema
A nova era do gelo só acontecerá daqui á muitos milhões de anos
Então por que ficar congelado agora?
Se uníssemos nossas mãos, poderíamos abraçar o mundo
Imagine quantas armas cairiam no chão
Quantas correntes arrebentariam
Uma corrente indestrutível nós formaríamos
Onde todos os passos seriam iguais..........................
Black horse
http://clubedeautores.com.br/book/1432--BLACK_HORSE
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Biografia: Sandro Kretus nasceu em Porto Alegre em 1974, seu interesse pela literatura começou desde muito cedo, com 10 anos de idade já participava em concursos de poesias e contos.
Em 2006, o autor escreveu seu primeiro romance, o primeiro volume da saga “Amazon”, intitulada “ A chama de Orion, uma saga épica inspirada no continente perdido de Atlântida. Em 2008 o autor brasileiro começou a divulgar seu trabalho, publicando suas poesias, contos e crônicas nos principais sites de literatura, no Brasil e em Portugal.
Á cada novo trabalho o autor vem conquistando cada vez mais os leitores, e chamando a atenção dos críticos literários, que afirmam, “Kretus é um poeta contemporâneo, que consegue resgatar a fórmula dos poetas do passado, sem perder sua autenticidade, sua poesia é feita com uma força extremamente expressiva.”“Visionário, lírico, romântico, ler a poesia de Kretus é como viajar no tempo”. Atualmente Sandro Kretus vive em sua cidade natal, em Porto Alegre, capital do Rio grande do Sul.
Á cada novo trabalho o autor vem conquistando cada vez mais os leitores, e chamando a atenção dos críticos literários, que afirmam, “Kretus é um poeta contemporâneo, que consegue resgatar a fórmula dos poetas do passado, sem perder sua autenticidade, sua poesia é feita com uma força extremamente expressiva.”
“Visionário, lírico, romântico, ler a poesia de Kretus é como viajar no tempo”.
Atualmente Sandro Kretus vive em sua cidade natal, em Porto Alegre, capital do Rio grande do Sul.
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Publicações de número 21 até 21 de um total de 21.
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