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Codinome Lampião
Sandro Kretus

O meu nome é Virgulino
O lagarto nordestino
Ouça bem o que lhe digo
O cangaço é meu quintal
Meu sobrenome é perigo
Vai logo me dando essas moedas
Vai logo rezando á padre Ciço

Foi com Antônio e Levino
Com meus irmãos eu aprendi
Que no cangaço o homem
Tem que ser macho
No cangaço o homem
Não pode dormir

Leão valente e cangaceiro
Macho de todas as maneiras
Foi assim que eu me apresentei
Na tropa do sinhô Pereira

Vendo o sofrimento de meu povo
Nas mãos do crime eu cai
Na casa da baronesa
De água branca eu bebi

Peguei o bicho pelo pescoço
Prendi Antônio Gurgel
Um frio na espinha desceu pelas costas
Me gelando a boca do céu

Numa agonia de dá dó
Foi dois de uma vez só
Perdi Colchete e Jararaca
Na invasão á Mossoró

O calango escondido
Não aceitou a derrota
Mas tive que esperar
Pois Pernambuco, Paraíba
E Ceará, estavam á me caçar

Atravessei o São Francisco
Com cinco cabras na mão
E foi lá na Bahia
Que eu me levantei do chão

Um certo dia escondido
Na fazenda de um coiteiro
Foi lá que encontrei
Meu amor verdadeiro

Só tinha um problema
Era a mulher do sapateiro

Fugiu comigo em nome desse amor
Enchendo meu coração de alegria
Maria Déia, cheia de idéia
Flor nordestina

Na caatinga
Debaixo de um umbuzeiro
Nasceu minha filha Expedita
Lindo anjo vindo do céu
Á iluminar minha vida

Com minhas roupas de Napoleão
Feitas pelas minhas mãos de artesão
Apresentei meu bando e minhas cartucheiras
Ás lentes de Abrão

O meu olho que vazava
Dr: Bragança arrancou
Confesso tive medo
Mas não senti nenhuma dor

Meu destino tava chegando
Senti meu peito sangrar
João Bezerra e Aniceto Rodrigues
Vieram me atocaia

Vi cai Quinta-feira
Vi cai Mergulhão
Vi cai Enedina
De joelho no chão

Vi Moeda e Alecrim
No rabo do foguete
Vi cai Macela
Vi cai Colchete

Antes de dar meu último suspiro
Pensei no meu amor
Onde tá Maria Bonita?
Minha amada
Minha flor

Fui Virgulino Ferreira da Silva
Codinome Lampião
Vivi, amei, e morri
Nos braços do Sertão

Se fui herói ou bandido
Deixo aqui esta questão
Mas quem luta por igualdade
Merece consideração

O andarilho da terra do fogo

http://clubedeautores.com.br/book/1437--O_andarilho_da_terra_do_fogo






Biografia:
Sandro Kretus nasceu em Porto Alegre em 1974, seu interesse pela literatura começou desde muito cedo, com 10 anos de idade já participava em concursos de poesias e contos. Em 2006, o autor escreveu seu primeiro romance, o primeiro volume da saga “Amazon”, intitulada “ A chama de Orion, uma saga épica inspirada no continente perdido de Atlântida. Em 2008 o autor brasileiro começou a divulgar seu trabalho, publicando suas poesias, contos e crônicas nos principais sites de literatura, no Brasil e em Portugal. Á cada novo trabalho o autor vem conquistando cada vez mais os leitores, e chamando a atenção dos críticos literários, que afirmam, “Kretus é um poeta contemporâneo, que consegue resgatar a fórmula dos poetas do passado, sem perder sua autenticidade, sua poesia é feita com uma força extremamente expressiva.”“Visionário, lírico, romântico, ler a poesia de Kretus é como viajar no tempo”. Atualmente Sandro Kretus vive em sua cidade natal, em Porto Alegre, capital do Rio grande do Sul. Á cada novo trabalho o autor vem conquistando cada vez mais os leitores, e chamando a atenção dos críticos literários, que afirmam, “Kretus é um poeta contemporâneo, que consegue resgatar a fórmula dos poetas do passado, sem perder sua autenticidade, sua poesia é feita com uma força extremamente expressiva.” “Visionário, lírico, romântico, ler a poesia de Kretus é como viajar no tempo”. Atualmente Sandro Kretus vive em sua cidade natal, em Porto Alegre, capital do Rio grande do Sul.
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