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NUVENS SEM REGRESSO
Alessandro Borges

Folha verde que ladeira a baixo vai caindo...
Derramando o suco vitalício da colorida estação, levando junto com a escuridão dos olhos:
As borboletas que sonham, e que falam no azul celeste do céu de aquarela.

Luzes que se ascendem, e que repentinamente apagam-se,mas se apagam, do que se ascendem.

São prematuras.
Miniaturas que no máximo chegam aos vinte.
Pois, muito cedo tornam seus corpos escravos do bel prazer; e se alimentam do futro proibido:Da malícia,da milícia,e cotidianamente são fumos alucinantes da morte.

Nuvens extremamente efêmeras:Das chamas mortais sem regresso, do medo incontido da chuva pagã dos olhos, da alma vazia esculpida na lápide, do espírito atormentado a esmo de Deus.






Biografia:
Sou poeta dos vívidos sonhos, das saudades cantantes, dos rios que em lenda viva conduz meu boto encantador, da cobra grande que vai serpenteando as águas misteriosas do meu Rio Acre, do Mapinguari abraçado as árvores centenárias da minha inestimál floresta,do Chico Mendes morrendo por cada palmo deste chão-coração.

Este texto é administrado por: Alessandro borges
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