Na Terra do Esquecimento
Não há júbilo nem lamento,
Não há bem e não há mal.
Os que para lá viajaram,
Até hoje não retornaram
Do silêncio sepulcral.
Eles são donos – sim – os cemitérios,
Dos possuidores de impérios
E dos desafortunados pobretões.
Eles retêm sem piedade,
Gente de toda idade –
Covardes e valentões.
O mau e o bom na morte
Têm a mesmíssima sorte
E acabam virando terra.
No campo dos falecidos,
No domínio dos esquecidos,
Não há paz e não e não guerra.
Quem morreu, está descansando,
Dormindo, mas não sonhando,
Não mais trabalha a memória.
Quanto a nós que temos vida,
Antes da nossa partida,
Escrevamos nossa história.
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