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"Até que ponto vai a realidade?"
Eliana Soraia de Castro Moreira Faria de Balzano

O que é a Matrix?
Matrix é uma falsa realidade. Aquilo que vemos pode não ser exactamente como vemos, o que é somente captado pelos nossos sentidos. O mundo por trás do visível, é o mundo invisível, é o mundo invisível. Por isso afirmo que nós também vivemos numa Matrix (falsa realidade), enquanto estivermos na ilusão seremos facilmente controláveis e manipuláveis.
Vivemos num sistema em sociedade, escravos de sistema temos limitações, impostos, regras, somos controlados pelo governo, colocam vídeo-vigilância em todos os locais, etc. Mas para não nos revoltarmos, eles tentam dar-nos “prazeres”, para sermos escravos satisfeitos. Como por exemplo, jogos, futebol, religiões, Tv, cinema, música, até certos vícios como o tabaco e álcool, em que as pessoas procuram prazer para “esquecer” os problemas da vida.
Cypher também desejava isso, ele queria regressar à Matrix mesmo como escravo, num mundo de ilusão, mas ele seria feliz com certos prazeres, “A ignorância é a felicidade”, mesmo sabendo que aquele bife no restaurante era uma ilusão, ele saboreava-o e era feliz...
O próprio Morpheus disse a Neo “Matrix é um mundo que foste levado a acreditar para esconder a verdade...” Neo pergunta qual verdade, Morpheus responde “...de que és um escravo.” Nós somos um íman que atrai aquilo que pensamos, atraímos o que está em sintonia vibratória com o nosso padrão de pensamento.
O nosso sentimento e o nosso pensamento tornam-se duas coisas diferentes. Aquele lado que pensa e aquele lado que sente tornam-se dois e nós identificamo-nos com a parte que pensa e não com a parte que sente. Sentir é mais real do que pensar; sentir é mais natural do que pensar. Nascemos com um coração que sente, mas o pensamento é cultivado, é-nos dado pela sociedade. Mesmo quando dizemos que sentimos, apenas pensamos que sentimos. O ser natural dá lugar a um ser suprimido e aquilo não é natural, o irreal é-nos imposto.
A mente não pode ficar quieta. Ela precisa de estar constantemente a pensar e a preocupar-se.
A mente funciona como uma bicicleta: se pedalarmos, ela continua: no momento em que parámos, caímos.
A mente é exactamente como uma bicicleta e o pensar o constante pedalar. Na corrida está a mente.
A conquista maior é conseguir perceber o mundo sem a barreira da mente, simplesmente como ele é. E é tremendamente diferente, incrivelmente belo, sem as distinções que a nossa mente cria. E esta é toda a arte da vida. Viver sem nenhuma distinção, sem nenhuma discriminação, sem nenhuma escolha.


Biografia:
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