Destino perseguido
de uma gente persistente...
Conheceu uma moça:
Paquera,
Namoro,
Esposa.
Caso casado,
de ouro no dedo,
teve um pesadelo.
Acordou assustado
com a lembrança
da perda do gado.
Restou a esperança...
Receber uma herança
de um ‘ente querido’.
De fato, um bandido fugido.
Não soube a origem,
mas quis o dinheiro.
A mulher, surpresa,
quis fazer uma delicadeza:
beijou-o na face,
em sinal de respeito,
orgulhosa do futuro previsto.
Iam de vento em popa,
quando a mosca pousou na sopa.
De volta o pesadelo,
finalizado com um grande estardalhaço.
Casa invadida,
pagamento de dívida.
Pelo ‘ente querido’
não tinham apreço
e nem queriam pagar o preço
de perder aquela dinherama
para um caipira sem grana.
Destino persistido
de uma gente perseguida.
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