Crime de amar
Do doloso crime
De amar-te...
Infringir-te agravo coração
Espero agora rude pronúncia
Relativo ao elemento fático
Desse ato do amor.
E agora...
Entre meus pares rogo
Que algozes da justa providência
Se humana,
Se divina,
Hão de sentenciar
Que o dano cometido
Seja na mesma proporção assumido
Quando em cárcere estej’alma ferida.
Lá ainda cometerei o meu delito
De amar-te
Infamemente.
Leonardo Dutra
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Biografia: Sou poeta, escritor, professor da Faculdade Escritor Osman da Costa Lins - FACOL, Servidor Público Federal da FIOCRUZ, Bacharel em Ciências Jurídicas, Auditor, Especialista em Gestão Pública Municipal - UFRPE. Amante da vida nascido da constelação zodiacal de aquários, natural da terra do frevo e do maracatú, Recife - Pernambuco. Mas quem sou eu? Sou os livros que li, Sou os momentos que vivi, Sou a infância vivida, e a vida repartida entre o desejo de ser e permanecer, Sou os amigos conquistados e os beijos roubados de sonhos que já sonhou, Sou a lágrima chorada, sou a tapa da cara que o outro lado virou, Sou da pedra que apedreja a morte que não enseja a dura sombra da dor. Sou o teu riso que belo afaga a face Da tua cara, quando da mão que acalenta amor. Sou o amor que dei, e os amores que não sei, As viagens que em grandes rios naveguei. Sou assim a vida que vaga. Na busca de tua vida para poder viver no mais o teu amor. Sou eu... Leonardo Dutra |