PERGUNTAS, DÚVIDAS, INQUIETAÇÕES |
Regina Vieira |
Há tantos prazeres buscando
Um espírito que lhes dê repouso
Que eu às vezes busco na escrita
Um simples momento de pouso
Mas a escrita é muito ampla
Quer prazer e até desconsolo
Há tantas flores no campo
Que mal lhes vemos o miolo
Meu íntimo é um remo expulsando
De sua frente os impecilhos
Talvez eu palmilhe grandes trigais
Da ida talvez eu guarde
A ânsia de mil andarilhos
Todos nós somos iguais
Meu espírito clama por sossego
Quero ser feliz, viver em paz
Numa roda de amigos, ver minha família
Na minha família, só ter amigos
Quero palmilhar pelas ruas e travessias
Plantar em meu jardim uma simples tília
E esquecer, outras flores até desconheço
Minha pessoa é um enigma indecifrável
E eu tento me entender todos os dias
E a cada dia torno-me mais confusa
A sensibilidade é uma arma poderosa
Manipula nossas palavras
Perde-se e anda perdida dentro de nós
Se nós a usamos, mais ela nos usa
E de tanto nos usar – de nós até abusa!
Um dia, chegarei a me entender
Quem sabe?
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Biografia: Doutora em letras
Professora de Francês/Inglês/Português
Autora de seis livros |
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Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 9 de um total de 9.
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